Polícia
Alan Carlos respondia a dois processos por estupro de vunerável
O assassinato do médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, de 38 anos, no domingo (16), em Arapiraca, pôs fim a dois processos movidos pela médica e ex-esposa Nadia Tamyres Silva Lima, também de 38 anos.
O médico foi morto pela ex-mulher com vários disparos de arma de fogo, na porta de uma unidade básica de saúde, no Povoado Capim, na área rural do município.
Alan Carlos respondia a dois processos por estupro de vulnerável contra a própria filha menor de idade e de violência doméstica contra a ex-esposa.
O processo 0715743-61.2024.8.02.0058, que tramitava no Juizado Especial Criminal Contra a Violência Doméstica, e o processo 0713523-90.2024.8.02.0058, na 1ª Vara da Comarca de Arapiraca, estavam em segredo de justiça.
A médica Nadia Tamyres havia recorrido à segunda instância no Tribunal de Justiça de Alagoas, após uma decisão em primeira instância ter isentado o médico Alan Carlos por falta de provas. Os dois processos, segundo apurou a Tribuna, já somavam quase 10 mil páginas.
A médica alegou que não havia indícios de DNA do ex-marido nas partes íntimas da filha menor porque, de acordo com Nadia Tamyres, o ex-marido teria utilizado o dedo para molestar a garota.
Os dois haviam trabalhado na mesma unidade de saúde. No momento do crime, a vítima teria ido ao local entregar um bolo a uma amiga e acabou abordado pela ex-companheira e atingido por vários disparos de arma de fogo.
A Tribuna também apurou que, uma semana antes de assassinar o ex-companheiro a tiros, a médica Nadia Tamyres e o ex-marido passaram por audiência na Justiça que deu a guarda compartilhada da filha ao médico Alan Carlos.
Revoltada com a situação, a mulher decidiu não aguardar a decisão do recurso na segunda instância e acabou tirando a vida do ex-marido.
Presa no final da tarde do domingo (16), horas após o crime, na Região Metropolitana de Maceió, a médica foi levada para uma delegacia da capital alagoana. Nadia Tamyres não negou a prática do crime e afirmou que agiu para não morrer, alegando que vivia há anos sob um ciclo contínuo de medo, violência e ameaças.
A arma utilizada no assassinato do médico Alan Carlos, uma pistola, foi encontrada dentro do veículo da mulher.
“Na verdade, tudo isso que aconteceu já não foi de agora. Isso foi mais um capítulo de uma história que vem assustando e assombrando não somente a agora acusada, que também é médica e muito querida pela sociedade de Arapiraca. Foi um grito de socorro”, relata o advogado Luiz Lessa.
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