A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) concluiu que não houve legítima defesa na morte do médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, de 41 anos, ocorrida no último domingo (16), no Sítio Capim, em Arapiraca. A principal suspeita do crime é a médica Nadia Tamyres, de 38 anos, ex-companheira da vítima. O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) informou que o processo corre em segredo, mas divulgou que a juíza Bruna Saback de Almeida Rosa, da 15ª Vara Criminal de Maceió, decretou a prisão preventiva da acusada na tarde desta segunda-feira (17).

O inquérito está sob responsabilidade do delegado Daniel Scaramello, da Unidade de Atendimento ao Local de Crime 1 (UALC 1), ligada à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a polícia, o uso das imagens de videomonitoramento, aliados a informações compartilhadas entre equipes da capital e do interior, foram determinantes para reconstruir a dinâmica dos fatos.

Em depoimento, Nadia afirmou que atirou para se defender. No entanto, a autoridade policial descartou essa versão. “O vídeo mostra que ela desce do carro já armada, aponta diretamente para a vítima e, após breve discussão, efetua vários disparos, sem que houvesse qualquer sinal de ameaça iminente por parte do homem”, explicou o delegado.

A defesa da médica declarou que Nadia vivia em situação de violência doméstica há anos, tendo inclusive uma medida protetiva contra Alan Carlos. Ainda segundo os advogados, ela denunciou o ex-companheiro por estupro de vulnerável contra a filha do casal.

O caso segue em investigação, com as autoridades avaliando os desdobramentos e medidas cabíveis.