Depois de prender um dos suspeitos de participar do latrocínio (roubo seguido de morte) da motorista por aplicativo Amanda Pereira dos Santos, de 27 anos, as forças de segurança do Estado divulgaram no final da noite dessa terça (16) a foto do casal suspeito de também ter participado do crime. Os suspeitos foram identificados como Yuri Livramento dos Santos e Mari Estrelinha. 

Quem tiver informações sobre o casal pode denunciar pelo 181. O homem apontado como autor do estrangulamento que resultou na morte de Amanda falou com a imprensa na noite de terça. Jackson Vital dos Santos, 27, disse que assassinou a trabalhadora porque ela resistiu ao roubo.

O criminoso disse que Amanda reagiu com chutes e mordidas, além de tomar a arma falsa dos suspeitos, quando foi forçada a ir para o banco de trás. Para conter a vítima, Jackson confessou que a estrangulou com o objetivo de deixá-la desacordada, na versão do assassino confesso.

O assassino afirmou ainda que a corrida no app foi pedida pelo casal e que ele não possui celular. O suspeito alega também que foi a primeira vez que cometeu um crime. A prisão ocorreu no começo da noite de segunda-feira (15) no Conjunto Jarbas Oiticica, em Rio Largo.Depois

O CRIME

Amanda Pereira dos Santos teve o corpo localizado na madrugada de terça, no Complexo Benedito Bentes. O crime mobilizou outros motoristas, que participaram das buscas e depois se concentraram em frente ao Instituto Médico Legal (IML), onde fizeram orações e exigiram a apuração rigorosa do caso.

O desaparecimento de Amanda foi informado, inicialmente por familiares, por meio das redes sociais. Uma prima chegou a informar que ela aceitou uma corrida para Marechal Deodoro, e seu veículo – um Voyage prata de placa KNS7A89, foi encontrado próximo ao Conjunto Gama Lins, no Cidade Universitária, horas antes do corpo ser encontrado.

CAUSA DA MORTE

A Polícia Científica do Estado de Alagoas (Polc) concluiu as perícias criminais no corpo da motorista de aplicativo no final da manhã de terça. De acordo o perito médico legista Luiz Mansur, do Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima (IML de Maceió), a jovem morreu em decorrência de asfixia por estrangulamento. Ele ainda afirmou que o corpo não apresentava evidência de abuso sexual e que foram colhidos vários vestígios como materiais biológicos para exames posteriores.

Ainda pela manhã, peritos criminais do Instituto de Criminalística realizaram perícia no carro na sede da Delegacia de Homicídios da Capital, onde ele se encontra recolhido. Durante a perícia de constatação, os peritos encontraram fios de cabelos e algumas manchas que podem ser materiais biológicos. Todos esses vestígios foram recolhidos e poderão ser usados em exames de confrontos genéticos para comprovação de autoria do crime.