Polícia
Motoristas por aplicativo cobram segurança após três mortes e assaltos em AL
Após pelo menos três mortes contra motoristas por aplicativo, a categoria cobra segurança por conta da onda de violência em Maceió e interior de Alagoas. Na madrugada desta terça-feira (16), a vítima foi Amanda Pereira Santos, de 27 anos, encontrada sem vida no Benedito Bentes, parte alta da capital.
Em junho passado, Daniel Rubens Pereira Brandão, de 30 anos, foi vítima de latrocínio, no Rio Novo, da mesma forma que Pedro Farias Santos, de 34 anos, suplente de vereador em Arapiraca, no mês de julho último. Ambos receberam chamadas de passageiros e durante a viagem foram assassinados por criminosos que pediram a corrida.
Quando não mortos, motoristas também são alvo de assaltos a mão armada, principalmente em Maceió. Um deles foi registrado recentemente na noite do último dia 09, onde o passageiro roubou o veículo da vítima no Clima Bom. No dia 19 de julho, outro motorista de APP e dessa vez também o passageiro foram rendidos e roubados por dupla encapuzada no Conjunto Cleto Marques Luz, em Maceió.
A motorista de aplicativo Alayne da Silva Oliveira, de 28 anos, também foi assaltada e sofreu um atentado no dia 20 de junho, ficando entre a vida e a morte. Segundo relatos dela, os criminosos anunciaram o assalto e, após tentarem matá-la, a abandonaram em uma estrada de barro. Após receber os disparos, ela lembra que fingiu estar morta para tentar escapar da emboscada.
Durante coletiva à imprensa, a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) informou que Amanda Pereira, 27 anos, encontrada morta em Maceió na madrugada de ontem (16), foi morta por motivo torpe.
“Levaram uma quantia em dinheiro, o som do carro dela e o estepe”, disse o delegado do caso, Rodrigo Sarmento. “As investigações estão no início, mas tudo indica que são bandidos que se aproveitaram da oportunidade para efetuar a ação ilícita. Com certeza um crime bárbaro, matar para roubar um estepe. Daremos uma resposta o quanto antes; já temos algumas informações, porém não poderão ser repassadas para não atrapalhar o andamento da apuração em curso”, destacou a autoridade policial.
Indagado sobre a semelhança entre os casos de violência contra Alayne e contra Amanda, o delegado disse ser muito cedo para dizer que eles tenham alguma relação. "O que acontece hoje é uma fragilidade para os motoristas de aplicativo, assim como já foi antes com assaltos a ônibus, por exemplo", ressaltou o delegado Sidney Tenório.
MOTORISTAS MULHERES
O delegado geral Gustavo Xavier informou que já existem estudos junto à Secretaria da Mulher para a implantação do aplicativo Salve Maria, que permite o monitoramento mais adequado das motoristas, que precisem se deslocar para áreas mais perigosas.
“A Polícia Civil está em tratativas para capacitar as motoristas de app, apresentando as ferramentas que podem ser disponibilizadas para elas pela Segurança Pública, para resguardar a integridade física”, enfatizou.
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