Política
Vereadores afrontam o Judiciário e realizam "eleição fantasma" em Arapiraca
À revelia de uma decisão judicial, expedida nesta sexta-feira, dia 25, pelo juiz da 4° Vara de Arapiraca, Carlos Bruno de Oliveira Ramos, o presidente da Câmara Municipal Thiago ML (PROS) e mais nove vereadores decidiram afrontar o Poder Judiciário de Alagoas e realizaram uma eleição fantasma na noite desta sexta-feira.
Antes do ato ilegal do presidente Thiago ML, o magistrado havia acatado o Mandado de Segurança 0712085972022.8.02.0058 suspendendo pela segunda vez a tentativa do grupo fazer uma eleição para a nova messa diretora sem obedecer as decisões do Poder Judiciário Alagoano.
O juiz Carlos Bruno de Oliveira Ramos acatou o Mandado de Segurança impetrado pelos vereadores Léo Saturnino e Fany Gabriela.
Os dois vereadores não receberam oficialmente o edital de convocação para o pleito, e os demais vereadores receberam a convocação por meio de mensagem no WhatsApp e Instagram, um comportamento que foge completamente ao que determina o Regimento Interno da Casa Legislativa Municipal.
Outro fato inusitado, ocorrido na noite desta sexta-feira, dia 25, que feriu mais uma vez o Regimento Interno da Câmara e afrontou novamente a Justiça Alagoana, foi a realização da suposta eleição a portas fechadas, sem o acesso aos demais vereadores e servidores da Casa Legislativa de Arapiraca.
O vereador Adriano Targino conta que passou pela porta do prédio da Câmara Municipal de Arapiraca e aguardou mais de uma hora para certificar que não haveria sessão e o presidente Thiago ML cumpriria a decisão da Justiça e o Regimento Interno da Casa.
"Fiquei surpreso hoje com a notícia que houve eleição. O presidente Thiago foi até o prédio da Câmara, fez uma foto com outros vereadores de seu grupo e publicou nas redes sociais um fato que legalmente não aconteceu. Isso é muito grave e a Justiça será mais uma vez acionada para garantir a lei e o cumprimento dela", avisou Targino.
O advogado Luciano Henrique, que representa os vereadores Léo Saturnino e Fany Gabriela, também adiantou que chegou ao local estabelecido em edital, ou seja, defronte do prédio da Câmara, e permaneceu no local até o horário regimental da Casa Legislativa e não constatou qualquer movimentação no local e além disso a porta do prédio da Câmara estava fechada, o que ficou comprovado que não houve sessão no prédio da Câmara de Vereadores de Arapiraca.
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