A Justiça de Alagoas acolheu a segunda apelação interposta pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL) e aumentou a pena de Jefferson Marco Timóteo da Silva para 22 anos de reclusão em regime fechado, pelo assassinato da esposa, Carla Janiere da Silva Barros, em novembro de 2023, no município de Murici.

Inicialmente condenado a 16 anos e 10 meses, o réu teve a pena revisada para 20 anos e 7 meses após o primeiro recurso, quando foi identificado que uma das qualificadoras do crime de feminicídio havia sido desconsiderada. Agora, com o novo cálculo da pena (dosimetria), o Judiciário reconheceu outras circunstâncias agravantes, como meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, resultando na pena final de 22 anos.

“A pena anterior era minúscula diante da barbárie cometida. A sociedade exige justiça proporcional à gravidade do crime”, afirmou a promotora de Justiça Ilda Regina, que atuou no caso.

Carla Janiere, de 24 anos, foi executada a tiros pelo marido, dentro de sua loja de roupas, no Centro de Murici, no dia 14 de novembro de 2023. Após o crime, Jefferson tentou simular o próprio suicídio, mas foi flagrado vivo e com a arma do crime, sendo preso em flagrante no local.

O Conselho de Sentença reconheceu que o crime foi cometido por motivo torpe, com meio cruel e utilizando um recurso que impossibilitou a defesa da vítima, configurando feminicídio qualificado.

Com a nova sentença, o processo encerra mais um capítulo de um crime que comoveu a população alagoana e reforça a luta contra a violência de gênero e a impunidade.