O Júri Popular do caso Carla Janiere da Silva Barros, morta pelo marido dentro de uma loja na cidade de Murici, na Zona da Mata de Alagoas, aconteceu nessa quinta-feira (20) e durou cerca de 12h. O suspeito foi condenado a 16 anos e 10 meses de prisão em regime fechado.

O crime aconteceu em novembro de 2023, dentro de uma loja recém-inaugurada pelo casal e O júri popular contou com a presença de 10 testemunhas – cinco de acusação e cinco de defesa.

A defesa do acusado em depoimento tentou argumentar que o réu agiu em legítima defesa, no entanto, o Ministério público de Alagoas (MP/AL) questionou, repetidamente, a justificativa de que ele estivesse armado no dia do crime.

A juíza Paula de Goes Brito Pontes, da Vara do Único Ofício de Murici, destacou a gravidade do crime e a importância do julgamento no Tribunal Popular do Júri para casos de feminicídio. Ao final, foi lida a sentença condenando o réu pelo assassinato de Carla.

O CRIME

O feminicídio ocorreu dentro da loja do casal, que estava em processo de inauguração no momento da tragédia. A vítima foi atingida por diversos disparos de arma de fogo na cabeça durante uma discussão com o companheiro.

A discussão do casal foi filmada por uma funcionária da loja. As imagens mostraram o acusado extremamente agressivo, quebrando o balcão do estabelecimento durante a briga.

Carla Janiere também enviou uma mensagem para a funcionária antes de ser morta, pedindo para que ela avisasse aos seus familiares sobre a briga e relatando que estava com medo da reação do esposo.

O acusado após cometer o crime, tentou se esconder da polícia fingindo estar morto no chão da loja, mas a farsa foi descoberta e ele foi preso no local. Desde então estava preso.