Saúde

Diagnóstico precoce contribui para a cura do câncer do colo de útero

Campanha incentiva visitas regulares ao ginecologista e realização de exames preventivos

Por Assessoria 12/03/2021 09h57
Diagnóstico precoce contribui para a cura do câncer do colo de útero
Reprodução - Foto: Assessoria

O mês de março é dedicado ao alerta sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento do câncer do colo do útero. A campanha Março Lilás busca a conscientização das mulheres para as causas e grande frequência da doença entre as brasileiras. Com exceção apenas do câncer de pele, o câncer do colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. Ele representa a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

A ginecologista Maria Jackeline Caldas, professora do curso de Medicina no Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL), explica que o câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). Ela destaca que a avaliação ginecológica, a colposcopia e o exame citopatológico de Papanicolau realizados periodicamente são recursos essenciais para o diagnóstico precoce da doença.

“O diagnóstico precoce é importante para identificar possíveis lesões ainda na fase de pré-malignidade; o exame de Papanicolau é simples, rápido e realizado no próprio consultório médico”, lembra a especialista.

Fatores de risco e a prevenção

A ginecologista apela para que as mulheres fiquem atentas aos possíveis sintomas da doença, bem como observem se têm algum dos fatores de risco para este tipo de câncer.

“A infecção pelo HPV representa o maior fator de risco para o surgimento do câncer de colo de útero. Apesar de existir mais de uma centena de tipos desse vírus, somente alguns estão associados ao tumor. Também são fatores de risco, o início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros sexuais ou parceiros com vida sexual promíscua, consumo de cigarro, baixa imunidade, más condições de higiene e histórico familiar”, explica.

Além de fugir dos fatores de risco, a médica aponta que outra medida preventiva importante é a imunização contra o HPV. Ela destaca que a vacina é segura, tem eficácia comprovada e protege contra alguns dos principais tipos de vírus relacionados ao câncer.

Maria Jackeline Caldas esclarece que o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece o para meninas de nove a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, pessoas que vivem com HIV e transplantados entre nove e 26 anos (desde que estejam em acompanhamento médico). A vacina tem duas doses, com espaço de seis meses entre a primeira e a segunda dose.

“Apesar de a orientação da administração da vacina ser a partir dos nove anos, não existe idade mínima para as meninas iniciarem a imunização. Também como medida preventiva, nunca é demais ressaltar que o uso da camisinha em todas as relações sexuais é um cuidado indispensável contra a infecção não só pelo HPV, mas também por outros agentes de infecções sexualmente transmissíveis como a aids”, completa a especialista.

A ginecologista alerta ainda que mesmo as mulheres vacinadas contra o HPV devem continuar fazendo o exame de rastreamento de Papanicolaou, que também é oferecido pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde. Segundo ela, existem alguns tipos de vírus não contemplados pela vacina que também podem provocar o tumor.

Clínica médica

Além da Unidade Básicas de Saúde, as mulheres podem contar com a Policlínica da Unit/AL para cuidar da saúde. A clínica está localizada no Campus Amélia Maria Uchôa, na Avenida Gustavo Paiva, 5017, Cruz das Almas, e oferece atendimentos gratuitos nas áreas de Ginecologia, Medicina da Família e Comunidade, Clínica Médica, Cardiologia, Dermatologia, Endocrinologia, Infectologia, Gastroenterologia, Obstetrícia, Reumatologia, Ortopedia, Psiquiatria, Neurologia, Nefrologia, Pediatria e Geriatria.

Para garantir atendimento médico, o interessado deve fazer primeiramente o agendamento pelos telefones 3311-3209 e 98886-6911, de segunda à sexta-feira, das 08h às 12h e de 13h às 16h.

Os atendimentos ambulatoriais acontecem de segunda à sexta-feira, das 7h às 22h, com qualidade garantida pelo corpo docente de médicos da Unit/AL, que acompanha de perto as consultas realizadas pelos estudantes em períodos finais dos cursos de Medicina, e obedecendo a todos os protocolos de biossegurança e distanciamento social.