Saúde

Relaxamento da quarentena pode aumentar sentimentos de ansiedade e medo entre a população

Retomada das atividades pode ser difícil para algumas pessoas e é preciso ficar atento para evitar problemas de saúde mental, alerta psicólogo

Por Assessoria 09/07/2020 14h12
Relaxamento da quarentena pode aumentar sentimentos de ansiedade e medo entre a população
Reprodução - Foto: Assessoria
O medo é uma reação natural do corpo humano e que faz parte do instinto de sobrevivência. Ele não é necessariamente um sentimento ruim, como muitas pessoas imaginam, porque pode ser um mecanismo de autoproteção. A pandemia do novo coronavírus desencadeou problemas de saúde mental entre a população e, com o relaxamento da quarentena e flexibilização do comércio em Maceió, muitas pessoas relatam sentir medo e ansiedade diante do chamado “novo normal”. De acordo com o coordenador do setor de psicologia do Sistema Hapvida, Carol Costa Júnior, a insegurança de não saber o que pode acontecer no futuro, ou até mesmo a possibilidade de contrair o vírus, pode gerar quadros de insônia, angústia e irritabilidade. “Pessoas que ficaram muito tempo isoladas ou hospitalizadas são as que sofrem mais. Isso acontece porque o nosso cérebro entende que o nosso lar é o local mais seguro”, explica. Para o especialista, é preciso ficar alerta se a ideia de sair de casa desenvolver um excesso de pensamentos negativos, como pensar que vai morrer, por exemplo. “A maior preocupação é que essas sensações podem aumentar os níveis de ansiedade e estresse em pessoas saudáveis ou se acentuar em indivíduos que já tem doenças psíquicas”, afirma. Outra questão significativa é que, mesmo com o fim da pandemia, as sequelas psicológicas na vida do indivíduo podem permanecer por um longo tempo. “É importante observar bem esses sentimentos e suas proporções e, se necessário, procurar ajuda profissional o mais rápido possível”, reforça o profissional. OTIMISMO Apesar de todos os males causados pelo vírus, é preciso tentar pensar também nas coisas boas que estão acontecendo neste período de pandemia. Como, por exemplo, a valorização das relações, a importância da convivência familiar saudável, as novas possibilidades no ambiente virtual e novos serviços desenvolvidos. O psicólogo dá dicas para passar por essa fase encarando todas as mudanças de maneira mais leve. “Respeite o seu tempo e, se tiver dificuldades para realizar algum tipo de atividade, crie metas para a melhor organização das tarefas. Além disso, avalie e racionalize o seu medo. Vai passar”, finaliza Carol.