Saúde

Hospital Universitário realiza cirurgias inéditas para retirada de tumores

Foram feitas duas duodenopancreatectomias, uma híbrida e outra totalmente laparoscópica. O procedimento é indicado no tratamento de tumores no pâncreas, canal da bile, papila duodenal e duodeno

Por Assessoria 25/05/2019 12h09
Hospital Universitário realiza cirurgias inéditas para retirada de tumores
Reprodução - Foto: Assessoria
O Hospital Universitário da Ufal realizou este ano, de forma inédita, duas duodenopancreatectomias, uma híbrida e outra totalmente laparoscópica. O procedimento é indicado no tratamento de tumores no pâncreas, canal da bile, papila duodenal e duodeno. É a primeira vez que o estado de Alagoas utiliza essa técnica, que só é oferecida em hospitais de excelência do país. O Hospital, que possui o Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), é referência no tratamento de câncer nesses órgãos do sistema digestivo e na vesícula biliar. Chefe da Unidade de Cirurgia Geral e Especialidades do Hupaa, o médico Tadeu Muritiba afirma que a tecnologia proporciona um tratamento menos invasivo e um resultado melhor. “É uma revolução grande”, declara. José Cardoso, cirurgião oncológico, esclarece que os ganhos são tanto para o paciente quanto para o Hospital, gerando, ainda, uma redução de custos para a instituição. “A técnica proporciona menos dor, redução no tempo de internamento, menos traumas, recuperação mais rápida e realização do procedimento com maior precisão”, declara. Redução de custos e tecnologia O médico Matheus Rolim, cirurgião do aparelho digestivo, esclarece que o investimento na tecnologia traz grandes benefícios para a segurança do paciente e para a economia no HU, possibilitando, em menor tempo, vaga nos leitos. Uma das pacientes que realizou a cirurgia, idosa de 74 anos, ficou, por exemplo, três dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo que, pelo método convencional, poderia ficar até cinco. O tempo de internação, o meio de nutrição no pós-operatório e outros procedimentos têm custo financeiro reduzido por conta do uso da videolaparoscopia. Ressaltando a importância de garantir esse tratamento para a sociedade, Matheus Rolim frisa que o Hupaa tem condições de realizar essa técnica com segurança. “Estamos preparados para esse atendimento”. Com o procedimento convencional, o paciente que passa pela cirurgia recebe um corte de, em média, 30 cm. Com a videolaparoscopia, as incisões não passam de 2 cm. Os dois atendimentos no Hupaa que utilizaram a duodenopancreatectomias laparoscópica são considerados pela equipe médica como de “sucesso”. Os pacientes passam bem. As cirurgias foram realizadas em março e em abril.