Política

Dez secretários estaduais podem ser candidatos

À frente da Sedetur, Marcius Beltrão confirma que estará em campanha em 2022

Por Tribuna Independente 31/07/2021 12h13
Dez secretários estaduais podem ser candidatos
Reprodução - Foto: Assessoria
Com a proximidade do pleito eleitoral de 2022, cresce a expectativa sobre qual o destino dos secretários de Estado, se serão candidatos ou terminarão nos cargos que ocupam até seu final. Da equipe de Renan Filho (MDB), ao menos nove já tiveram seus nomes ventilados para correrem atrás de votos daqui um ano. Dos responderam à reportagem, apenas um confirmou e dois negaram. O prazo para a desincompatibilização é março de 2022. “Marcius Beltrão, hoje secretário de Estado pela Sedetur [Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas], onde trabalha desenvolvendo políticas públicas de geração de emprego e renda, é pré-candidato a deputado federal em 2022”, adianta a assessoria de comunicação da Sedetur. Já Maykon Beltrão, titular da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), negou concorrer nas eleições de 2022. “Ele não será candidato em 2022. Ele só sai do Governo quando da decisão do governador sair. Ou seja, se mudar de governador e ele não ficar mais no cargo”, afirma, por meio de sua assessoria. Quem também nega ser candidato em 2022 é Mozart Amaral, da Secretaria de Estado de Transporte e Desenvolvimento Urbano (Setrand). “Secretário Mozart não sai”, diz sua assessoria. Já Alexandre Ayres, titular da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), ressalta que o foco atual é o combate à covid-19 e que a decisão em disputar, ou não, as eleições do ano que vem passarão pelo governador Renan Filho. “O foco do secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, continua na liderança do enfrentamento à pandemia e na implementação das políticas públicas de saúde. Qualquer decisão política passa pela orientação e direcionamento do líder político governador Renan Filho”, diz sua assessoria. Mellina Freitas, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) afirma que sua vontade é seguir no órgão até o fim de 2022, mas que pode, sim, concorrer nas eleições do próximo ano. “Pretendo continuar dando minha contribuição ao desenvolvimento de Alagoas. Seja como candidata nas eleições do próximo ano ou concluindo minha missão no governo, a frente da cultura do estado. Tenho dialogado com algumas lideranças e com o grupo político que faço parte, mas ainda não existe definição”, adianta a secretária, através de sua assessoria. Os demais nomes procurados que, até o fechamento desta edição não responderam à reportagem são: Alfredo Gaspar, da Secretaria de Segurança Pública; Rafael Brito, da Secretaria de Estado da Educação; Fernando Pereira, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos; e Maurício Quintella, da Secretaria de Estado da Infraestrutura. Não foi possível o contato com Arthur Albuquerque, da Secretaria de Estado do Trabalho e Emprego. EM TORNO DO GOVERNADOR Os nomes da equipe de Renan Filho que são prováveis candidatos em 2022 têm em comum, além de gravitarem em torno do governador, o acúmulo de experiência política, segundo avaliação do cientista político Ranulfo Paranhos. “Todos esses nomes vem ocupando, em maior menor grau cargos de destaque. Ou no secretariado ou, efetivamente, como políticos. Essa é o primeiro indicativo que sinaliza para gente que a política não é essa coisa que a gente viveu em 2018, em que se enche a Câmara dos Deputados de youtubers e se acha que eles conseguirão resolver ou dar resposta às demandas da sociedade. Na verdade, as demandas continuam maiores do que o que a gente tinha em 2018”, afirma Ranulfo Paranhos. LEIA MAIS NA VERSÃO IMPRESSA DO JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE DESTE FIM DE SEMANA