Política

Fernando Collor é alvo de operação da Polícia Federal

Ação tem o objetivo de apurar suposto esquema criminoso de pagamento de propina para garantia de licenças ambientais, expedidas pelo Ibama

Por Carlos Amaral com Tribuna Hoje, com agências 21/10/2020 09h42
Fernando Collor é alvo de operação da Polícia Federal
Reprodução - Foto: Assessoria
O senador Fernando Collor (PROS) é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) realizada na manhã desta quarta-feira (21). Denominada com Quinto Ato, a ação tem o objetivo de apurar suposto esquema criminoso – ocorrido entre 2014 e 2015 – de pagamento de propina para garantia de licenças ambientais, expedidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a construção do Porto Pontal Paraná. A Operação Quinto Ato é um desdobramento da Politeia, ocorrido há 5 anos, e que também teve o senador como um de seus alvos. Em 2015, a PF identificou que bens de luxo pertencentes ao parlamentar teriam sido pagos através de propinas para que o senador interviesse junto ao Ibama. A ação desta quarta tem seus 12 mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e estão sendo executados em endereços vinculados aos investigados. Também há a determinação de bloqueio de bens. Cerca de 50 policiais federais estão participando das ações em Curitiba (PR), Pontal do Paraná (PR), Gaspar (SC) e em São Paulo (SP). Os mandados contra o senador de Alagoas foram cumpridos em São Paulo. Ao portal, a assessoria de Fernando Collor disse que “ainda” não há nada a ser comentado sobre a operação. O nome da operação, Quinto Ato, é uma referência a um rastreamento financeiro feito pela PF a partir da quinta parcela de um jato executivo comprado pelo senador. ATUALIZADO Em nota, o senador afirma surpresa com a operação da PF e garante não ter nada a temer. “Fui surpreendido hoje com este ato inusitado. Fizeram busca e nada apreenderam, até porque não tinha o que ser apreendido. Vou tentar apurar a razão deste fato de que fui vítima. Nada tenho a temer. Minha consciência está tranquila”, diz Fernando Collor.