Política

Professores fazem buzinaço em Arapiraca

Organizado pelo Sinteal, ato realizado ontem faz parte da campanha pela derrubada do veto ao rateio dos precatórios do Fundef

Por Texto: Davi Salsa – Sucursal Arapiraca com Tribuna Independente 29/09/2020 09h10
Professores fazem buzinaço em Arapiraca
Reprodução - Foto: Assessoria
Um ato organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Alagoas (Sinteal), ocorrido na manhã de segunda-feira (28) mobilizou professores da rede pública de ensino de Arapiraca, em defesa da liberação do pagamento dos precatórios do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). Com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), os professores saíram em cortejo pelas ruas centrais da cidade. A caravana passou pelo Bosque das Arapiracas e seguiu até a sede do Ministério Público Federal (MPF) e Centro Administrativo Municipal, onde realizaram um ato público. Um carro de som deu apoio à mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação em Arapiraca. Segundo Consuelo Correia, o ato teve como propósito unificar ainda mais a luta em defesa do pagamento dos precatórios do antigo Fundef, como também pedir o apoio da sociedade na luta da categoria. Consuelo Correia lembrou que, em votação realizada, este ano, o Plenário do Senado aprovou um projeto reconhecendo o pagamento dos 60% dos recursos para profissionais do magistério. A presidente do Sinteal lembrou que a luta começou em 2015. “O posicionamento do Senado representa um avanço, mas precisamos ampliar nossa mobilização para garantirmos o pagamento mais rápido dos precatórios, que é um direito dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação”, salientou Consuelo Correia. MACEIÓ No último dia 23, o Sinteal realizou, com o mesmo mote, uma carreata em Maceió. A pauta central é mobilizar para derrubar o veto imposto por Jair Bolsonaro ao parágrafo único do art. 8º do PL 1.581, que prevê a destinação de 60% dos precatórios para pagamento aos professores ativos, inativos e pensionistas, na forma de abono, sem incorporação salarial. Na manifestação ocorrida na capital alagoana, a presidente do Sinteal afirmou que o veto de Jair Bolsonaro “quer ferir de morte a educação no Brasil e seus trabalhadores e trabalhadoras. O governo federal quer causar estragos no orçamento da educação, diminuindo em mais de R$ 1,1 bilhão os investimentos na educação básica”, discursou. “O rateio é direito conquistado em lei. São recursos de todos os trabalhadores e trabalhadoras da educação”, completou Consuelo Correia. BANCADA A Lei que prevê o rateio dos precatórios do Fundef foi aprovada com os votos de 100% da bancada alagoana no Congresso Nacional e, ao que indica as manifestações dos parlamentares nas redes sociais, a derrubada do veto presidencial também contará com a adesão total dos congressistas eleitos por Alagoas. Em todo o país, os sindicatos ligados à educação pressionam suas bancadas pela derrubada deste veto.