Economia

Associação Comercial pressiona Governo de Alagoas por reabertura da economia

Nota da entidade considera que se não houver reabertura do comércio a partir do dia 22, demissões em massa serão inevitáveis

Por Carlos Amaral com Tribuna Independente 18/06/2020 08h39
Associação Comercial pressiona Governo de Alagoas por reabertura da economia
Reprodução - Foto: Assessoria
Em nota divulgada nesta quarta-feira (17), a Associação Comercial de Maceió (ACM) deixa evidente que pressiona o Governo do Estado para o início da reabertura gradual da economia a partir de 22 de junho, conforme anunciado pelo próprio governador Renan Filho (MDB) no último dia 10. Contudo, o protocolo sanitário do plano de distanciamento social controlado, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) na última segunda (15), não contém as datas de suas cinco fases. Em nota, a Associação Comercial, presidida por Kennedy Calheiros, afirma que “não pode aceitar qualquer ato que tenda ao descumprimento do programa estabelecido pelo próprio Governo ou que postergue a retomada para após o dia 22, o que somente agravará sobremaneira a crise”. Segundo o texto, se a nova forma de lidar com a pandemia de covid-19 não for implantada a partir de 22 de junho, “tornará inevitável as demissões em massa, fechamento definitivo de diversas empresas, inviabilizará o recolhimento de tributos e, por conseguinte, gerará um rombo ainda maior nas contas públicas, tornando impossível o custeio basilar da própria saúde e dos vencimentos dos servidores”. Na avaliação da Associação Comercial, a postura do Governo do Estado em apontar incertezas sobre quando o plano de distanciamento social controlado iniciará foi “inesperada”. “Pautados no cronograma firmado pelo próprio Governo, todos os estabelecimentos comerciais se organizaram em função do programa, estruturaram-se para atendimento a todas as exigências do protocolo sanitário, adequaram seus estoques, cessaram as suspensões dos contratos de trabalho de seus funcionários, tudo o quanto necessário para a retomada, vez que, cientes de sua responsabilidade social, estão prioritariamente preocupadas com as vidas e com a saúde da população”, relata a Associação Comercial de Maceió. Ainda de acordo com a nota da Associação, os indicadores de contágio em Alagoas estão em queda, algo que Renan Filho também tem apontado como situação epidemiológica no estado, ao menos no que se refere à demanda por leitos e mortes em decorrência da covid-19. “Os indicadores de contágio entraram em descenso, a taxa de letalidade de Alagoas é uma das menores do país e o a taxa de ocupação dos leitos também caiu expressivamente, especialmente na rede privada”, aponta a nota da Associação Comercial de Maceió, presidida por Kennedy Calheiros.