Política

Secretários de Estado podem deixar governo para disputar eleição

Até vice-governador Luciano Barbosa, que é titular da Seduc, deve deixar o cargo para concorrer em Arapiraca

Por Carlos Amaral com Tribuna Independente 03/06/2020 08h10
Secretários de Estado podem deixar governo para disputar eleição
Reprodução - Foto: Assessoria
Vários secretários do Governo do Estado devem deixar seus cargos até esta quinta-feira (4), prazo limite para concorrer nas eleições municipais deste ano. Segundo informações de bastidores, até mesmo o vice-governador Luciano Barbosa (MDB) deve deixar a Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Os grupos políticos devem ser mantidos nos comandos das pastas. Luciano Barbosa deve concorrer à Prefeitura de Arapiraca, mas tem se esquivado de falar sobre o assunto. A reportagem o procurou, mas ele não respondeu até o fechamento desta edição. Cecília Rocha (PSC), titular da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), já havia confirmado há algum tempo que disputará a Prefeitura de Atalaia. Outro que já confirmou candidatura é Fernando Pereira (PP), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), em São Miguel dos Campos. Outros dois que também devem deixar suas pastas são Arthur Albuquerque (PTB), da Secretaria de Estado do Trabalho e Emprego (Sete); e Mellina Freitas (MDB), da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Contudo, estes não tem falado sobre a disputa eleitoral deste ano. No caso de Mellina Freitas, o seu irmão, Thiago Freitas, também é cotado como candidato à Prefeitura de Piranhas. Daí, sua saída – se ocorrer – pode não resultar em candidatura. Já Arthur Albuquerque pode ser o candidato da família em Limoeiro de Anadia. Ele é filho do deputado estadual Antonio Albuquerque (PTB) e irmão do deputado federal Nivaldo Albuquerque (PTB). Até o fechamento desta edição, não foi possível contatar os demais nomes citados na reportagem. LEGISLAÇÃO De acordo com a legislação eleitoral, secretários de Estado que desejem se candidatar a prefeito – ou vice – devem deixar os cargos até quatro meses antes do pleito, data que encerra na próxima quinta-feira. Os que desejam se candidatar ás câmaras municipais, deixaram seus cargos há dois meses, ainda em abril. ADIAMENTO Existe em Brasília a discussão para o adiamento das eleições municipais deste ano por conta da pandemia de covid-19, uma vez que a aglomeração de pessoas é a forma mais rápida de espalhar o contágio da doença. Na mesa, há três posições sobre o tema: manutenção do calendário; adiamento em alguns meses, mantendo o pleito em 2020; e a unificação das eleições em 2022, prolongando o mandato de prefeitos e vereadores por dois anos. Em reportagem publicada na edição da Tribuna desta segunda (1º), a maioria bancada alagoana na Câmara dos Deputados tende a optar pelo adiamento em alguns meses do pleito. Contudo, segundo o deputado Paulão (PT), este tema só deve entrar, de fato, nas discussões em Brasília no mês de julho.