Política

Famoal solicita abertura de CPI para investigar transporte coletivo em Maceió  

Federação defende intervenção geral nos ônibus pela Câmara Municipal de Maceió

Por Ana Paula Omena com Tribuna Hoje 24/01/2020 17h19
Famoal solicita abertura de CPI para investigar transporte coletivo em Maceió  
Reprodução - Foto: Assessoria
Uma audiência pública será solicitada na próxima segunda-feira (27) por representantes da Federação das Associações dos Moradores de Alagoas (Famoal) com o objetivo de instituir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o transporte coletivo de Maceió. “Nós defendemos uma intervenção geral na situação dos ônibus pela Câmara Municipal de Maceió”, frisou o secretário-geral da Famoal, Cícero Oliveira. “Não basta somente lacrar o transporte público de empresas x ou y, a lei tem que ser para todos”. “A Empresa Real Alagoas transformou o Terminal do Benedito Bentes em garagem, isso é um absurdo, quem deveria fiscalizar seria a SMTT (Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes), mas não é assim na prática. A Vigilância Sanitária deveria também visitar o local, e ver que lanchonetes e banheiros no terminal funcionam com água potável escassa, quando são armazenadas em tonéis”, denunciou. Ainda sobre o transporte coletivo municipal, Cícero Oliveira, mencionou o descaso das empresas de viação em relação ao quantitativo de carros rodando em horário de pico. Com uma tabela em mãos ele mostra que o lote 400 é o mais deficiente com pelo menos dois carros a menos. “A linha 042, por exemplo, que faz o percurso Benedito Bentes – Centro – Salvador Lyra era para ser, de acordo com a tabela, nove carros saindo entre 6h e 7h, horário de pico, onde os passageiros estão indo para o trabalho, mas na realidade são apenas sete, dois veículos a menos para atender a demanda”, observou. Segundo Cícero Oliveira, cerca de 70% da população do Complexo Habitacional Benedito Bentes depende do transporte coletivo para se locomover aos seus destinos. Com um total de mais de 180 mil habitantes na região. Ele responsabiliza o prefeito Rui Palmeira pelo caos, depois a Câmara Municipal de Maceió pela omissão na fiscalização e por último a SMTT desde o lançamento do edital de licitação. “Com o lacre dos 49 ônibus da empresa Veleiro, a Real Alagoas vai estender as linhas do Benedito Bentes para o Trapiche da Barra, então o que já era ruim vai piorar. Sem falar na questão da nota da Veleiro em que anuncia perseguição por parte do superintendente da SMTT, Antônio Moura, que diz que não é somente os ônibus da Veleiro que tem dez anos de uso, mas os da São Francisco, Cidade de Maceió e Real Alagoas, também com mais tempo de uso”, salientou Cícero Oliveira que também é conselheiro Municipal do Transporte Coletivo de Maceió, representando a Famoal.