Política

União de partidos tende a se reduzir em Arapiraca

Com o fim das coligações, eleição para vereador na 'capital do Agreste' começa a ser debatida muito antes das campanhas

Por Davi Salsa com Tribuna Independente 05/07/2019 08h27
União de partidos tende a se reduzir em Arapiraca
Reprodução - Foto: Assessoria
A proibição do agrupamento de legendas, na eleição do próximo ano, na disputa pelas atuais 17 vagas na Câmara de Vereadores de Arapiraca, vai reduzir pela metade o número de coligações partidárias. Essa é a previsão dos analistas políticos locais, vereadores e pré-candidatos no pleito em 2020. Quando ainda vigorava a lei que permitia as coligações, no pleito de 2016, a Justiça Eleitoral registrou nove coligações de candidatos a vereador em Arapiraca. As duas maiores foram de partidos que tinham candidatos na eleição para prefeito. De um lado, o PMDB, PDT, PRTB, PPS, PSL e PHS. Do outro, o PSDB, PRB, DEM, PMB, PSB, e PSD. Apenas três legendas saíram sozinhas na disputa: PP, PSC e PTC. As demais fizeram coligações com mais um ou dois partidos. Com a nova lei, a previsão é de que o pleito em 2020 tenha o número de coligações reduzido pela metade. O ex-vereador Sidney Geni, por duas vezes foi eleito com mandato na Casa Legislativa, em Arapiraca, avalia que o pleito em 2020 deve mobilizar cinco ou seis partidos. “Pela experiência que tenho na política, acredito que a disputa terá cinco ou seis partidos apenas, com estimativa das legendas maiores elegerem seus representantes com três mil e as menores com dois mil votos”, explica Geni, que ainda não definiu sua filiação a uma nova legenda. Em 2016, o vereador eleito em primeiro lugar obteve 5.116 votos. O Pastor Marcos Caetano (PTC), que ficou com a última vaga, obteve 1.058 votos, apesar de outros candidatos com mais de 1.800 votos não terem sido eleitos, por conta dos votos de legenda. Além da proibição de coligações, os partidos têm um limite de candidatos. Cada um poderá lançar até 26 nomes, do quais a lei obriga ainda que 30% sejam mulheres, ou seja, oito candidatas. ENTENDA De autoria do deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA), a emenda que pôs um fim nas coligações partidárias em eleições proporcionais, ou seja, para os cargos de vereador, deputado estadual e deputado federal, foi aprovada pelo Senado no final de 2017. À época também ficou decidido que a medida entraria em vigor em eleições municipais, no caso as de 2020. A mudança fez parte da reforma política que também criou a cláusula de barreira, ou cláusula de desempenho, que já vigorou nas eleições majoritárias do ano passado e estabeleceu regras mais duras para que os partidos tenham acesso ao fundo eleitoral e ao tempo de propaganda política no rádio e na TV.