Política

Educação mobiliza para greve geral contra mudanças na aposentadoria

Profissionais ligados à área se manifestam contra a proposta do governo Bolsonaro que muda regras para aposentadoria no país

Por Thayanne Magalhães com Tribuna Independente 14/05/2019 09h00
Educação mobiliza para greve geral contra mudanças na aposentadoria
Reprodução - Foto: Assessoria
Está marcada para o próximo dia 15, uma grande mobilização nacional dos trabalhadores da educação da rede pública pela não aprovação a reforma da previdência que tramita atualmente no Congresso Nacional. Com uma greve geral que deve parar todas as escolas, professores e funcionários de escola protestam contra o desmonte da aposentadoria no país. Inicialmente puxada pela rede básica de ensino, a movimentação ganhou adesão das universidades e institutos federais. Em Alagoas, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Estado (Sinteal), está se articulando com os sindicatos de trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), para unificar as atividades realizadas no dia. Já está marcado um ato público no CEPA, no bairro do Farol, a partir das 7h. Consuelo Correia, presidente do Sinteal, garante que a categoria está mobilizada. Ela falou sobre o movimento em contato com o TH Entrevista, do Portal Tribuna Hoje, um produto da Tribuna Independente. “A nossa indignação com o desmonte da educação está sendo transformada em sede de fazer a luta. Realizamos a semana da educação em abril, e estamos fazendo o debate nas escolas, conversando com a categoria e constatamos que está muito claro para todos a necessidade de fazer o enfrentamento, defender a educação pública com unhas e dentes, antes que destruam de vez”, relatou. A greve também denuncia retrocessos e perigos que inúmeras medidas que estão sendo tomadas em sentido contrário aos direitos assegurados na Constituição Federal representam para a educação no Brasil. Entre elas, a Lei da Mordaça, a privatização da escola e da universidade pública, a desvinculação de recursos para a educação, a militarização das escolas, a implantação de conteúdos mínimos e direcionados a uma formação escolar adestradora, além dos constantes ataques aos trabalhadores e trabalhadoras em educação, que afetam negativamente não apenas a valorização dos profissionais, mas a qualidade de todo o sistema educacional. “Diante de todo este cenário de descaso com a educação e de ataque à classe trabalhadora, com esta nefasta reforma da Previdência, o dia 15 de maio será fundamental para barrarmos estes retrocessos. Já temos vários apoios para esta greve e a mesma se configurará num marco de outras paralisações futuras. A luta só começou”, afirmou o secretário de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Gilmar Soares Ferreira. https://www.youtube.com/watch?v=eYed4kzkPCI