Política

Ex-líder da Ku Klux Klan elogia Jair Bolsonaro: "Ele soa como nós"

David Duke define candidato do PSL como "incrível" e diz que ele encabeça "preparação da revolução branca" no Brasil

Por EXAME.com 16/10/2018 17h54
Ex-líder da Ku Klux Klan elogia Jair Bolsonaro: 'Ele soa como nós'
Reprodução - Foto: Assessoria
Em seu programa de rádio diário, o historiador americano David Duke, ex-líder do grupo racista Ku Klux Klan, elogiou o candidato brasileiro à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro. “Ele soa como nós e também é um candidato muito forte. É um nacionalista”, afirmou o ex-líder da KKK. O programa, que foi ao ar no último dia 9, define o pesselista como “incrível” e diz que ele é responsável pela “preparação da revolução branca” no Brasil. A Ku Klux Klan começou a atuar nos Estados Unidos, em 1865. Seus supremacistas usavam capuzes brancos para proteger sua identidade e a ideia era aterrorizar suas vítimas. O grupo defende a supremacia branca sobre os negros e foi responsável ​​por muitas das torturas e linchamentos no país. “Ele é totalmente um descendente europeu. Ele se parece com qualquer homem branco nos EUA, em Portugal, Espanha ou Alemanha e França. E ele está falando sobre o desastre demográfico que existe no Brasil e a enorme criminalidade que existe ali, como por exemplo nos bairros negros do Rio de Janeiro” disse Duke. Antes de falar sobre Bolsonaro, o historiador comentou sobre a ascensão do candidato. “A verdade é que os movimentos nacionalistas, que são basicamente pró-europeus, estão definitivamente varrendo o planeta. Mesmo em um país que você jamais imaginaria”, afirmou Duke em referência ao crescimento de Bolsonaro. Durante as eleições americanas de 2016, Duke e grupos supremacistas declararam apoio a Donald Trump. Após críticas, o atual presidente dos EUA afirmou que “David Duke é uma pessoa ruim, que eu neguei apoio em várias ocasiões ao longo dos anos”. Crítica a Bolsonaro Apesar de considerar o presidenciável “incrível”, Duke, que mantém um postura extremamente crítica aos judeus e nega o holocausto, disse não aprovar a proximidade de Bolsonaro com Israel. “Ele vai fazer coisas a favor de Israel, e acredito que esteja tentando adotar a mesma estratégia que Trump: acho que Trump sabe que o poder judaico está levando a América ao desastre, levando a Europa e o mundo ao desastre. Então, o que ele está tentando fazer é ser positivo em relação aos judeus nacionalistas em Israel como uma maneira de obter apoio”, reforçou o americano.