Política

PCdoB reafirma Manuela candidata, mas pede união da esquerda no 1º turno

Partido chamou atenção por ter conclamado PT, PDT, PSB e PSOL a ‘construírem a unidade’ da disputa presidencial, contra a agenda dos postulantes de centro e direita

Por Jornal GGN 23/07/2018 11h29
PCdoB reafirma Manuela candidata, mas pede união da esquerda no 1º turno
Reprodução - Foto: Assessoria
O PCdoB se reuniu no último final de semana para discutir a eleição de 2018 e decidiu reafirmar a pré-candidatura de Manuela D'Ávila, que tem levado à mensagem do partido às massas, nessa fase que antecede a campanha oficial. Mas a legenda chamou atenção por ter conclamado PT, PDT, PSB e PSOL a "construírem a unidade já no primeiro turno" da disputa presidencial, contra a agenda dos postulantes de centro e direita. "(...) o PCdoB conclama o PT, PDT, PSB, PSOL e demais forças progressistas a construírem a unidade, já no primeiro turno, para vencer as eleições, derrotar a agenda neoliberal e neocolonial de Alckmin, Temer e Bolsonaro, retirar o Brasil da crise e encaminhá-lo a um novo ciclo de desenvolvimento soberano com geração de empregos, distribuição de renda e direitos", afirmou o partido em nota oficial. Enquanto essa união não ocorre, "reiteramos que Manuela d’Ávila [é a pré-candidata], que segue com sua exitosa pré-campanha, renovará seu empenho para que se viabilize a união do campo progressista, condição imperativa para que alcancemos a quinta vitória do povo", acrescentou. A presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, disse durante os encontros do partidos que "este é o pleito eleitoral mais complexo desde a redemocratização. Não é por menos, trata-se de uma mudança de ciclo político, de recomposição de forças e alianças." “Neste quadro, o que nos orienta é vencer as eleições e derrotar a agenda neoliberal e neocolonial que busca ganhar a legitimidade das urnas. Somados a esse objetivo maior, estão os objetivos diretos de nosso projeto eleitoral nesta disputa”, comentou. OUTROS PARTIDOS Na última semana, o PDT confirmou a candidatura de Ciro Gomes ao Planalto. O PT insiste que Lula será registrado na Justiça Eleitoral no dia 15 de agosto, prazo final para pleitear a candidatura. O PSOL tem apostado em Guilherme Boulos, líder do MTST. O PSB ainda discute com quem fará alianças, com chances de aderir à campanha de Ciro. Um dos caciques do partido em São Paulo, Márcio França, candidato ao governo do Estado, disse em entrevista ao Diário do Grande ABC que o PSB não fará aliança com o PT no plano nacional. METAS DO PCDOB As metas do Partido são: seguir avante com pré-candidatura de Manuela d’Ávila à Presidência da República, garantir uma bancada forte no Congresso Nacional, reeleger o governador Flávio Dino e a senadora Vanessa Grazziotin (AM) e outras candidaturas ao Senado Federal e a Vice-governador, passando pela superação da cláusula de desempenho de 1,5% de votos em nível nacional, e 1% de votos em pelo menos nove estados ou a eleição de deputados nesses nove estados. Leia, abaixo, a nota completa: PCdoB conclama PT, PDT, PSB e PSOL: Unidade desde já Aberto o calendário das convenções partidárias, vem à tona uma nítida orquestração das forças conservadoras que entronizaram o desastroso governo Temer para tentar vencer as eleições presidenciais com uma candidatura do consórcio golpista. Desenha-se uma coesão do campo político da direita e centro-direita em torno do candidato do PSDB Geraldo Alckmin. Faz parte dessa orquestração tentar isolar o candidato do PDT Ciro Gomes e, também, concorrentes do tucano pertencentes ao seu espectro político e, ainda, manter a candidatura do MDB, Henrique Meirelles, com o intuito de descolar Alckmin de Temer. Não se deve subestimar esse movimento de reforço a Alckmin e nem o candidato de matiz fascista Jair Bolsonaro, mas a disputa presidencial está longe de estar definida, seguirá acirrada e de resultado incerto, mesmo com o líder das pesquisas, o ex-presidente Lula, mantido arbitrariamente encarcerado. O PCdoB prossegue a luta pela liberdade do ex-presidente e pelo seu legítimo direito de ser candidato. Alckmin carregará nos ombros, mesmo que se esquive, o governo que imputou grande sofrimento e tragédias ao nosso povo; e seu programa é antinacional, antipopular e autoritário. Neste cenário, o PCdoB reafirma a convicção de que a estratégia política da esquerda e das demais forças democráticas, populares e patrióticas deve ter por centro a vitória eleitoral em outubro, o que exige marcharem unidas desde já. Para isto, o PCdoB conclama o PT, PDT, PSB, PSOL e demais forças progressistas a construírem a unidade, já no primeiro turno, para vencer as eleições, derrotar a agenda neoliberal e neocolonial de Alckmin, Temer e Bolsonaro, retirar o Brasil da crise e encaminhá-lo a um novo ciclo de desenvolvimento soberano com geração de empregos, distribuição de renda e direitos. Da parte do PCdoB, reiteramos que Manuela d’Ávila, que segue com sua exitosa pré-campanha, renovará seu empenho para que se viabilize a união do campo progressista, condição imperativa para que alcancemos a quinta vitória do povo. São Paulo, 22 de julho de 2018 Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)