Polícia
Carbonizado: morte de comerciante foi motivada por disputa de imóvel e agiotagem, aponta PC/AL
Crime foi premeditado para eliminar a vítima e ocultar documentos; mulher foi presa e marido segue foragido
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) revelou nesta quinta-feira (25) que o assassinato do comerciante Rubens Barreto foi resultado de uma trama envolvendo disputas por um imóvel na Massagueira, em Marechal Deodoro, além de atividades de agiotagem praticadas na região da Barra Nova.
As investigações apontam que o crime foi premeditado, com o objetivo de eliminar a vítima e ocultar documentos relacionados a transações financeiras. A delegada Juliane Barreto, responsável pelo inquérito, detalhou que Rubens atuava como agiota, emprestando dinheiro a comerciantes locais e utilizando contratos de compra e venda de imóveis como garantia dos empréstimos.
Uma mulher foi presa nesta quinta-feira por participação direta no homicídio, enquanto o marido dela continua foragido. Outro homem, já detido anteriormente, também é apontado como um dos autores do crime.
“Eles sabiam que a vítima viria de Minas Gerais para tratar de pendências relacionadas ao imóvel e arquitetaram toda a ação de forma premeditada”, afirmou a delegada.
Transações suspeitas e tentativa de ocultação
Após o crime, a polícia identificou transações bancárias suspeitas feitas com a conta digital da vítima. Entre elas, estavam tentativas de transferências via Pix para a mulher presa e para seu marido foragido. Um dos valores, de R$ 1.500, chegou a ser devolvido por estar vinculado a uma conta em nome de terceiros.
A delegada destacou que o uso da conta digital da vítima após sua morte é um indicativo claro da tentativa dos suspeitos de se beneficiar financeiramente do crime.
O inquérito ainda está em andamento, e a PC/AL não descarta a participação de outras pessoas no homicídio. Os interrogatórios dos presos só ocorrerão após a prisão de todos os envolvidos, para garantir a preservação das provas e o andamento eficaz das investigações.
O CASO
O crime aconteceu em julho de 2025, quando moradores encontraram um veículo completamente queimado às margens da BR-424, próximo ao Polo Industrial de Marechal Deodoro. Dentro da carroceria do carro estava o corpo carbonizado de Rubens Barreto.
Equipes do Instituto Médico Legal (IML), Polícia Científica (Polc) e Polícia Militar (PM) foram acionadas e realizaram os primeiros levantamentos no local.
Imagens gravadas por populares que passavam pela rodovia mostraram o veículo destruído pelas chamas e as marcas do incêndio no solo. Devido à gravidade da cena, a identificação da vítima só foi possível posteriormente, por meio de exames periciais.
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