Polícia

PF descarta envolvimento de funcionários da Caixa em esquema de contas falsas

Por Tribuna Hoje com agências 23/09/2025 14h32 - Atualizado em 24/09/2025 01h49
PF descarta envolvimento de funcionários da Caixa em esquema de contas falsas
Operação Máscara de Vidro da PF ocorreu em cinco cidades alagoanas - Foto: PF/AL

A Polícia Federal (PF) desarticulou nesta terça-feira (23), em Alagoas, um esquema de fraudes milionárias que atingiu a Caixa Econômica Federal (CEF), sem indícios, até o momento, de participação de funcionários da instituição. A operação, batizada de Máscara de Vidro, identificou cinco pessoas envolvidas na abertura de contas falsas e na contratação irregular de empréstimos, resultando em prejuízo de R$ 507 mil.

Segundo o delegado Luciano Patury, da PF em Alagoas, o grupo atuava desde novembro de 2023 até o final de 2024, utilizando documentos falsificados e fotos próprias em identidades de terceiros. “Até o momento não colhemos qualquer indício da participação de funcionários da Caixa nos ilícitos investigados”, afirmou.

As fraudes ocorreram em Maceió, Arapiraca, Santana do Ipanema, Olho d’Água das Flores e Porto Calvo, envolvendo empréstimos, cartões de crédito e limites de cheque especial obtidos de forma irregular.

Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão em Maceió, Atalaia e Boca da Mata. Documentos e celulares foram apreendidos, e foi decretado o sequestro de R$ 500 mil, equivalente ao lucro ilícito do grupo.

Os suspeitos foram interrogados, indiciados e encaminhados ao presídio, e vão responder por estelionato majorado, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de dinheiro e associação criminosa, com penas que podem ultrapassar 27 anos de prisão. A investigação segue para identificar outros envolvidos e avançar no ressarcimento do prejuízo à Caixa Econômica.

Legenda de foto: Polícia Federal cumpre mandados em Alagoas e apreende documentos e celulares relacionados ao esquema de fraudes milionárias