O médico suspeito de dirigir a caminhonete Toyota Hilux vermelha que atropelou seis pessoas na AL-130, em Ouro Branco, no Sertão de Alagoas, se apresentou à delegacia de Polícia nesta sexta-feira (22). O acidente, ocorrido na madrugada do último sábado (16), resultou em cinco mortes. Em depoimento, o suspeito afirmou que tentou frear o veículo, mas não conseguiu evitar a colisão.

O atropelamento aconteceu por volta das 2h50, quando um motociclista colidiu contra um carro parado na rodovia. Pessoas que pararam para prestar socorro foram atingidas pela caminhonete. Quatro vítimas morreram no local, e duas foram levadas ao Hospital Regional de Santana do Ipanema, onde uma delas também faleceu.

O médico, que foi ouvido pela delegada plantonista Celina Cruz, declarou que acionou os freios ao avistar o grupo na pista, mas não conseguiu evitar o impacto. Ele ainda alegou ter deixado o local por medo de ser agredido, embora, como profissional da saúde, tenha a obrigação legal de prestar socorro. Durante o depoimento, ele também negou ter consumido bebidas alcoólicas antes do acidente.

Segundo a delegada regional Daniella Andrade, responsável pelo caso, as investigações seguem e testemunhas devem ser ouvidas na próxima semana.

Entre as vítimas fatais, estavam três mulheres e dois homens, sendo quatro naturais de Alagoas e um de São Paulo. Uma pessoa segue ferida.

A Polícia Civil continua apurando as circunstâncias do acidente e a possível responsabilidade do médico, que pode ser indiciado por homicídio culposo, se comprovada a negligência.