Polícia

PC aponta que homem carbonizado era agiota e apura se crime teve motivação financeira

Por Tribuna Hoje com Agências 19/08/2025 13h25 - Atualizado em 19/08/2025 18h45
PC aponta que homem carbonizado era agiota e apura se crime teve motivação financeira
Corpo foi encontrado dentro de caminhonete carbonizada - Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) investiga se a morte de Rubens Lima Barreto, encontrado carbonizado no dia 28 de julho, na zona rural de Marechal Deodoro, está ligada a uma possível motivação financeira. Segundo a corporação, a vítima era conhecida por atuar como agiota, emprestando dinheiro a juros para diversos comerciantes da região.

Entre os clientes de Rubens está um homem de 29 anos, que foi preso sob suspeita de envolvimento no assassinato. Inicialmente ouvido como testemunha, ele passou a ser tratado como principal suspeito após apresentar versões contraditórias sobre os últimos momentos em que a vítima foi vista com vida.

“Ele disse que viu a vítima sair sozinha da orla de Massagueira, no dia 26 de julho, último registro dela com vida, e negou ter estado no carro. Porém, imagens mostram que ele estava no banco do carona, com a vítima dirigindo a caminhonete. Isso fez com que passasse de testemunha a principal suspeito”, explicou a delegada Juliane Santos, titular da Delegacia de Homicídios do 10º Segmento.

O suspeito, que é comerciante em Marechal Deodoro, teria afirmado a conhecidos que havia conseguido um terceiro para emprestar a quantia de R$ 100 mil — o que reforça a linha de investigação sobre uma possível armadilha financeira.

A polícia trabalha para esclarecer se o suspeito agiu como mandante ou executor do crime. “Apesar dos indícios, ele não confessa a participação, então as investigações seguem para concluir pelo indiciamento ou não, sem depender dessa confissão”, acrescentou a delegada.

Rubens, natural de Sergipe, levava uma vida nômade. Costumava circular entre Minas Gerais, São Paulo e Bahia, onde mantinha contatos ligados a sua atividade de agiotagem.

As autoridades continuam apurando se a motivação do crime foi exclusivamente financeira ou se há outros elementos por trás da execução, que ocorreu de forma extremamente violenta.