Polícia

Mais um suspeito na morte do auditor fiscal da Sefaz é preso

João Assis Pinto Neto foi assassinado após uma fiscalização a um mercadinho na parte alta de Maceió

Por Tribuna Hoje 01/09/2022 12h17 - Atualizado em 01/09/2022 17h58
Mais um suspeito na morte do auditor fiscal da Sefaz é preso
João Assis Pinto Neto, fiscal de renda da Sefaz - Foto: Arquivo Pessoal

Mais um suspeito na morte do auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de Alagoas (Sefaz), João Assis Pinto Neto, foi preso pela Polícia Civil nesta quinta-feira (1). Agora são três irmãos detidos junto com a mãe deles. Ronaldo Gomes de Araújo, João Marcos Gomes de Araújo e Maria Selma Gomes Meira estão reclusos no sistema prisional alagoano.  

O crime aconteceu durante uma fiscalização que a vítima fazia a um mercadinho no Tabuleiro do Martins, na última sexta-feira (26). Após constatar irregularidades, os donos do estabelecimento comercial, Ronaldo e João, não teriam gostado e entrado em discussão seguida de luta corporal levando o fiscal de renda a óbito. 

A delegada Roseimeire Vieira, que investiga o caso, confirmou que o preso é o terceiro irmão dos envolvidos no crime, identificado pelo prenome Ricardo, e que já tem passagem pela polícia. Tanto a mãe Maria Selma Gomes Meira, quanto os dois irmãos presos teriam negado a participação dele na morte.

O preso foi levado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Chã de Bebedouro, em Maceió. O mandado de prisão foi expedido pela 9ª Vara Criminal e a prisão foi realizada no Tabuleiro. Ricardo ainda será ouvido pela polícia.

Conforme as investigações, a mãe confessou ter limpado a cena do crime e dirigido o carro até o local onde o veículo da Sefaz foi deixado. Os filhos dela também confessaram o crime. 

O corpo do serviço público foi encontrado parcialmente carbonizado e com sinais de violência em um canavial no Benedito Bentes, na região do Rio do Meio, próximo à Usina Cachoeira do Meirim, parte alta de Maceió, já o veículo à margem da rodovia.

O fiscal investigava se o estabelecimento estaria vendendo material ilícito adquirido por meio do crime de receptação de mercadoria roubada.

Os suspeitos no crime teriam assegurado que João de Assis tinha pedido propina, versão contestada pela categoria que atuou com o profissional há décadas. "Isso faz parte de uma manobra para manchar o nome do João de Assis. Trabalhei com ele desde 2002, conheço a família dele, e jamais ele pediria propina. Ele era um profissional exemplar, de conduta ilibada, temente a Deus", disse o superintendente da Receita Estadual, Francisco Suruagy. durante uma homenagem prestada por colegas da Sefaz a João de Assis.