Polícia

Mãe dos assassinos de auditor fiscal é presa pela Polícia Civil por participação no crime

João Assis Neto foi morto após luta corporal durante fiscalização e teve o corpo carbonizado pelos criminosos

Por Redação 29/08/2022 09h16
Mãe dos assassinos de auditor fiscal é presa pela Polícia Civil por participação no crime
João Assis Pinto Neto, fiscal de renda da Sefaz - Foto: Arquivo Pessoal

A mãe dos dois homens acusados de matar o auditor fiscal João de Assis Neto foi presa nas primeiras horas desta segunda-feira (29) pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital (DHPP). A prisão foi realizada pela delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Gustavo Xavier.

A assessoria da PC confirmou a prisão. O delegado, que estava em deslocamento para a especializada, informou que a mulher estava no estabelecimento quando ocorreu o crime. Um dos suspeitos foi preso horas após o corpo ser encontrado no acesso à Usina Cachoeira do Meirim, no Complexo Benedito Bentes.

De acordo com Xavier, a mulher – que teve a prisão temporária decretada pela justiça – confirma que limpou o sangue do estabelecimento após o crime e que foi até o local onde o veículo da Sefaz foi abandonado para buscar o filho. Três veículos pertencentes aos suspeitos foram apreendidos, sendo dois utilitários e um Voyage, que foi conduzido pela suspeita até o local onde foi levado o carro da Sefaz. A perícia encontrou vestígios de material biológico (sangue) na L200, utilizada para transportar o corpo de João de Assis.

O delegado-geral contou ainda que o homem que segue foragido responde por roubo e homicídio. Para a Polícia Civil, a família operava comercializando produtos frutos de receptação e a participação de cada membro será determinada ao término da investigação.

Ainda sem o laudo oficial sobre a causa da morte, o delegado confirmou que foram encontradas fraturas no crânio e no fêmur do auditor, que indicam que ele foi morto de forma violenta. João de Assis teve o corpo carbonizado após constatar irregularidades no estabelecimento da família. Ele teria morrido após uma luta corporal com os suspeitos.

A morte do servidor público mobilizou as forças de segurança durante todo o fim de semana. Entidades como Sefaz, OAB/AL e Almagis emitiram nota de pesar. O Governo do Estado decretou luto oficial de três dias.