Mundo

Após fechar acordo com a China, Trump diz que há negociações com outros países

Presidente dos Estados Unidos também disse que é preciso 'rejeitar profetas da destruição', em uma referência a ativistas do clima, durante um discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos

Por G1 21/01/2020 20h32
Após fechar acordo com a China, Trump diz que há negociações com outros países
Reprodução - Foto: Assessoria
Donald Trump disse que os acordos comerciais que os Estados Unidos fizeram nos últimos anos são a principal mudança da sua gestão em relação aos antecessores. Os americanos estão em negociação com outros países, que ele não especificou quais são, para fechar mais tratados, afirmou ele em um discurso nesta terça-feira (21) no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O fórum é um encontro anual que reúne líderes políticos e empresariais. Em seu discurso, Trump listou melhoras em indicadores econômicos do seu país e falou dos acordos comerciais como suas vitórias. Trump foi ao encontro no mesmo dia em que tramita, no Senado dos EUA em Washington, o julgamento de seu impeachment, mas não fez nenhuma menção ao processo. Ele citou o fato de que na mesma semana foram fechados dois acordos comerciais – um deles com a China, o outro, com o Canadá e o México. A maior mudança de sua gestão em relação às anteriores é justamente no comércio, afirmou ele. No passado, segundo ele, os EUA perdiam empregos e fábricas com os acordos, e a China desrespeitava regras internacionais. “Nossos líderes não haviam feito nada. É o motivo pelo qual concorri [à presidência], não entendia por que perdíamos empregos para outros países a um ritmo tão acelerado.” A China, segundo ele, torpedeava o comércio para todos, “mas ninguém fazia nada; sob minha liderança, atacamos o problema de frente”. O pacto assinado pelos EUA e pela China, afirmou, inclui medidas para proteger propriedade intelectual, parar com a transferência forçada de tecnologia, força o país asiático a abrir seu setor financeira e o obriga a manter um câmbio estável. Ele previu que os chineses vão gastar US$ 200 bilhões com produtos e serviços americanos, mas que “pode terminar perto de US$ 300 bilhões quando terminar”. Trump citou possíveis acordos comerciais com Japão, Coreia do Sul e com o Reino Unido. Ele disse também que os EUA “estão negociando com outros países”. Indiretas sobre o clima O presidente dos EUA não citou nenhum de seus críticos por nome, mas fez menções indiretas a eles. Antes de anunciar que o pais aderiu a uma iniciativa global para plantar um trilhão de árvores, disse: “Precisamos rejeitar os profetas perenes da destruição, esse não é o tempo de pessimismo, é o tempo de otimismo”. A ativista Greta Thunberg está presente no Fórum em Davos. Trump também disse que os EUA “nunca deixarão socialistas radicais dominarem nossa economia”, e fez elogios à iniciativa privada. Indicadores de emprego e renda Uma parte do discurso foi dedicada a indicadores econômicos dos EUA. Ele fez menções à política fiscal –disse que cortaram impostos– e monetária: Trump fez uma crítica, ao dizer que os juros sobem rapidamente, mas caem vagarosamente. O presidente dos EUA citou melhoras nas taxa de desemprego e mudanças nos níveis de empregos em populações específicas, como afro-americanos, mulheres, pessoas com ensino médio completo etc. Trump afirmou que seu país passa por um boom econômico, que ele qualificou como sendo do trabalhadores–ele empregou o termo “colarinho azul”, que é uma referência a uniforme. “O sonho americano voltou, mais forte do que nunca. Nós criamos 1,2 milhão de empregos de indústrias. Os EUA ganharam 12 mil novas fábricas, e o número está crescendo”, disse o líder dos americanos.