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Google rompe com a Huawei, cujos celulares ficarão sem ‘apps’ e atualizações

Decisão foi tomada após Governo Trump incluir companhia chinesa em lista de empresas proibidas

Por El País 20/05/2019 14h46
Google rompe com a Huawei, cujos celulares ficarão sem ‘apps’ e atualizações
Reprodução - Foto: Assessoria
O Google suspendeu negócios com a Huawei que precisam da transferência de produtos de hardware e software, com exceção dos cobertos por licenças de código aberto, de acordo com publicação da agência Reuters do domingo citando uma fonte próxima ao assunto. A decisão foi tomada após o Governo Donald Trump incluir a companhia chinesa em uma lista de empresas proibidas. Dessa maneira, a Huawei pode estar à beira da maior crise desde que a Administração Trump declarou guerra à empresa, a quem acusa de espionagem. Com a medida, a chinesa perderá acesso às atualizações do sistema operacional Android, com o qual todos os seus smartphones funcionam, e a próxima versão de seus celulares também não terá aplicativos e serviços populares como a loja Google Play Store e o serviço de e-mails Gmail. Os detalhes dos serviços específicos que serão vetados continuavam sendo discutidos internamente no Google, propriedade da Alphabet Inc, de acordo com as mesmas fontes. Os advogados da Huawei estão avaliando também o impacto das ações do Departamento de Comércio, disse um porta-voz da empresa chinesa na sexta-feira. A empresa asiática ainda terá acesso à versão do Android disponível através de licenças de código aberto, disponíveis para qualquer um que quiser usá-las. O Google, entretanto, deixará de prestar colaboração e respaldo técnico a Huawei para seus serviços, de acordo com a fonte. O Governo de Donald Trump incluiu na quinta-feira oficialmente a Huawei em uma lista negra comercial, estabelecendo imediatamente restrições que complicarão muito os negócios do gigante tecnológico com empresas norte-americanas. A Huawei não pôde ser contatada de imediato para comentar a situação. Representantes do Departamento de Comércio também não falaram sobre a informação, segundo a Reuters.