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Presidente filipino usa Monica Lewinsky para rebater crítica de Chelsea Clinton

Filha do ex-presidente Bill Clinton tinha criticado declarações de Rodrigo Duterte sobre estupro

Por EFE / G1 31/05/2017 14h00
Presidente filipino usa Monica Lewinsky para rebater crítica de Chelsea Clinton
Reprodução - Foto: Assessoria

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, relembrou nesta quarta-feira (31) o caso Monica Lewinsky para rejeitar as críticas de Chelsea Clinton, filha do ex-presidente americano Bill Clinton, sobre declarações feitas por ele sobre estupros.

"Quando seu pai, o presidente dos Estados Unidos, estava transando com Lewinski, como você se sentiu?", disse Duterte, em discurso transmitido pela rede de TV local "ABS-CBN", em referência ao recente comentário que a advogada, de 37 anos, fez no Twitter.

O presidente filipino, conhecido por suas declarações polêmicas, fez uma piada inconveniente sobre abusos sexuais durante uma coletiva de imprensa no sábado (27) por causa da vigência da lei marcial no sul do país.

"Assumirei a responsabilidade e irei preso por vocês se estuprarem três mulheres", disse, em tom de piada, em alusão aos soldados desdobrados em virtude dessa lei na região de Mindanao, onde o Exército combate grupos islâmicos.

Chelsea Clinton então escreveu no Twitter: "Não é engraçado. Nunca".

Nesta quarta, ele se desculpou e disse que estava apenas sendo "sarcástico" no discurso, em que expressava apoio às tropas filipinas que combatem jihadistas na cidade de Marawi, ao oeste de Mindanao.

Esta não foi a primeira vez em que o presidente filipino tratou o assunto de maneira pouco séria. Durante a campanha eleitoral, no ano passado, ele lamentou não ter podido ser o primeiro a abusar da missionária australiana Jacqueline Hamill - estuprada por vários homens e assassinada em um motim em uma prisão filipina de Davao, em 1989. Duterte aproveitou um comício depois para pedir desculpas "ao povo filipino" por aquele comentário.

O líder filipino também é conhecido por insultar em público personalidades como o ex-presidente americano Barack Obama, a quem ele chamou "filho da p..." em setembro de 2016, o mesmo termo usado meses antes para se referir ao Papa Francisco.