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Cientistas descobrem mineral capaz de transformar luz solar e calor em eletricidade

Pesquisadores encontraram um material com propriedades para extrair energia de várias fontes ao mesmo tempo

19/02/2017 11h26
Cientistas descobrem mineral capaz de transformar luz solar e calor em eletricidade
Reprodução - Foto: Assessoria

As energia renováveis podem ganhar uma nova fonte. Cientistas da Universidade de Oulu, na Finlândia, acabam de descobrir um mineral que é capaz de transformar luz solar, calor e energia cinética em eletricidade. E o mais impressionante: tudo ao mesmo tempo.

O material é um tipo de cristal, chamado de KBNNO, que  pode ser um modo alternativo de carregar aparelhos eletrônicos, como celulares e laptops, e outros apetrechos high-tech – já que ele não teria energia o suficiente para abastecer uma casa inteira.

O elemento faz parte da família perovskita – minerais raros que são capazes de produzir energia a partir de algumas fontes: raios solares, temperatura e movimento. Esta é a primeira vez que os pesquisadores conseguem identificar um material que possa converter as três fontes simultaneamente.

De acordo com o estudo, publicado no jornal Appliede Physics Letters, o KBNNO é um material ferroelétrico com moléculas polares, que funcionam como as agulhas de uma bússola. Quando são estimuladas por algum fator físico, como a mudança de temperatura, por exemplo, elas acabam se desalinhando – o que desencadeia uma corrente elétrica.

O único empecilho dessa nova descoberta seria a eficácia da produção de energia, que é menor em comparação com os perovskitas especializados, como a de células solares – que já são usadas em tecnologias de captação de luz. Mais baratas, já bateram o recorde de eficiência, passando de 3,8% de conversão de eletricidade em 2009, para 25,5% em 2016. Mas, enfrentam um problema natural: e quando não há luz do Sol?

E é aí que entra o KBNNO. O grupo de pesquisadores estão otimistas e acreditam que é possível aumentar o nível de eficiência com ajustes na composição do material. A expectativa é que o mineral já esteja pronto para ser comercializado em 2018.

Fonte: Revista Superinteressante