Interior

Instituto Yandê divulga balanço das ações em 2019

Objetivo da entidade foi criar e implementar projetos que contribuíssem para o desenvolvimento sustentável da região norte que ainda possui carências estruturais e agudos problemas sociais

Por Claudio Bulgarelli - Sucursal Região Norte com Tribuna Hoje 28/01/2020 15h09
Instituto Yandê divulga balanço das ações em 2019
Reprodução - Foto: Assessoria
O Instituto Yandê, principal Organização Não Governamental de Cultura, Educação e Meio Ambiente da Região Norte, com sede no Povoado do Toque, em São Miguel dos Milagres, divulgou o resultado de suas ações no ano de 2019. O Instituto, que nasceu em 2012,  onde a base foi lançada por empresários, educadores, ambientalistas e moradores dos municípios de Passo do Camaragibe, São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras nasceu com o objetivo de criar e implementar projetos que contribuíssem para o desenvolvimento sustentável de uma região com forte apelo turístico, mas que ainda possui carências estruturais e agudos problemas sociais. O empresário da hotelaria, Tsahi Greenhut, um dos fundadores do Instituto, que divide seu tempo entre os afazeres da pousada que administra e o voluntariado, contribuindo com a transformação social do lugar onde vive e trabalha, afirmou que "O ano de 2019 foi bastante desafiador para todos. No entanto, também foi um ano de muito aprendizado para nós do Yandê. Fizemos novas parcerias, iniciamos novos projetos e conhecemos pessoas que assim como nós, acreditam num futuro melhor para nossa região. Assim ficamos muito felizes em compartilhar aqui com vocês um pouquinho do que fizemos juntos ao longo do ano de 2019. Em cada projeto que executamos, vemos com esperança, a possibilidade de tornar a natureza melhor conservada e a vida da comunidade da região mais digna e feliz". Projeto APAIÓ Com a parceria do ICMBio foi criado projeto APAIÓ, uma palavra de poder que significa “Olha a APA aí” e funcionou como um chamado, convocando a população a olhar para a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (APA) em uma alusão ao “Opaió”, muito utilizado no jeitinho local de falar. A ação foi desenvolvida nos municípios de São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras. Com isso O Yandé levou para as ruas a cultura e as histórias locais em diálogo com os recursos naturais. Projeto de Mulheres Pescadoras da Costa dos Corais. Após cerca de 10 meses de planejamento e realização, o projeto atingiu seu objetivo geral de formar a Rede de Mulheres Pescadoras da Costa dos Corais. Foram percorridos 15 municípios de Alagoas e Pernambuco visando mobilizar e reunir mulheres pescadoras que tivessem interesse em formar uma rede. Assim, com 15 reuniões municipais, 4 regionais e um seminário final, mais de 500 mulheres pescadoras se envolveram diretamente nas ações do projeto. A avaliação de cada uma das etapas do projeto demonstrou que as pescadoras da Costa dos Corais, de forma geral, desenvolveram uma melhor capacidade de comunicação e articulação entre elas e agora poderão se mobilizar em torno de metas comuns ao grupo e compartilhar seus sonhos e seus anseios. O projeto Rede de Mulheres Pescadoras da Costa dos Corais foi co-executado pelo instituto Yandê e pelo ICMBio Costa dos Corais e patrocinado pelo Projeto TerraMar, uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente do Brasil (MMA) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com o Ministério Federal do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear (BMU), da Alemanha, com apoio técnico da cooperação alemã para o desenvolvimento sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH. Mostra Sururu de Cinema. Uma das maiores conquistas do Instituto aconteceu em novembro do ano passado, quando o Instituto Yandê  recebeu a Mostra Sururu de Cinema Alagoano, evento que acontece desde 2009, visando difundir obras audiovisuais de realizadores do Estado, exibindo e discutindo esses filmes. As crianças que frequentam o instituto, seus familiares, parceiros e moradores de São Miguel dos Milagres, estiveram presentes. Para o público, vislumbrar outras realidades através dos documentários apresentados e poder se envolver com as narrativas ficcionais foi, no mínimo, engrandecedor.