Interior

Fiscalização apreende 11 mil peixes e camarões em ação no Rio São Francisco

Ação aconteceu em trecho do rio entre a cidade alagoana de Penedo e o povoado Saúde, em Neópolis, município do interior de Sergipe

Por Redação com assessoria MPE/AL 12/11/2018 20h54
Fiscalização apreende 11 mil peixes e camarões em ação no Rio São Francisco
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ministério Público de Alagoas (MPE/AL) informou que a equipe Aquática da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco resgatou, nesta segunda-feira (12), 11 mil peixes e camarões extraídos do Rio São Francisco de forma ilegal. A ação, que aconteceu em trecho do rio entre a cidade alagoana de Penedo e o povoado Saúde, em Neópolis, município do interior de Sergipe, resultou ainda na apreensão de 2.288 covos feitos com tala plástica e espaçamento inferior ao permitido. O covo é uma armadilha feita artesanalmente e usada para a captura, em especial, do camarão. No entanto, durante a 9ª etapa da FPI do São Francisco, os fiscais têm apreendido o material fora dos padrões recomendados, o que representa uma ameaça às espécies. Isso porque, em virtude do espaçamento diminuto entre as talas, a armadilha acaba capturando animais muito pequenos e, com isso, impedindo sua perpetuação. Todos os covos apreendidos foram destruídos. Já os camarões e peixes que estavam no interior das armadilhas ilegais foram soltos em local distinto daquele onde se deu a apreensão. Rivaldo Couto analista ambiental do Instituto Brasileiro e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que integra a FPI, e coordenador da equipe Aquática. Ele faz um alerta sobre o desequilíbrio que a pesca predatória é capaz de provocar no ecossistema. “Apesar de termos encontrado muitos covos fabricados com talas de origem vegetal, os mesmos apresentavam espaçamento muito inferior ao permitido. Felizmente, tivemos uma demonstração de que a matéria-prima para fabricação dos covos tradicionais ainda é encontrada, apesar de os pescadores insistirem na confecção dos covos altamente predatórios, com quase nenhum espaçamento, de modo a capturar espécies muito jovens”, analisa o coordenador. A equipe 4 da FPI do São Francisco – que segue com ações de fiscalização nesta terça-feira (13) – também é composta por membros da Marinha, Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e Instituto do Meio Ambiente (IMA).