Educação

Servidores da educação de Maceió entram em greve por tempo indeterminado

Estado de greve começa a partir da próxima segunda-feira (24 de julho) na luta por reajuste salarial

Por Assessoria / Sinteal 17/07/2017 17h31
Servidores da educação de Maceió entram em greve por tempo indeterminado
Reprodução - Foto: Assessoria

Os trabalhadores em educação da rede pública municipal de Maceió, em difícil campanha salarial com a Prefeitura de Maceió e a Secretaria Municipal de Educação (Semed) – a categoria tem data-base em janeiro -, decidiram, em concorrida e histórica assembleia geral realizada na tarde desta segunda-feira (17), no Espaço Cultural Profª Jarede Viana, na sede do Sinteal, no bairro do Mutange, entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da próxima 2ª feira (24 de julho) na luta por reajuste salarial.

Na próxima quarta-feira (19), a “Comissão de Greve”, formada por diretores do Sinteal e trabalhadores da base da categoria se reúnem no Sinteal para elaborar um “Calendário de Luta”, mas a plenária de hoje já aprovou o primeiro ato público de protesto na mesma 2ª feira (24), com concentração, às 08hs, na Praça Deodoro, caminhada pelo Centro de Maceió e protesto na Secretaria Municipal de Finanças.

Na assembleia convocada pelo Sinteal, o clima era de indignação e de mobilização para a luta. A categoria reivindica, no mínimo, o reajuste de 7,64%, que é o percentual do piso nacional anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) no já distante dia 12 de janeiro passado.

No início da assembleia, a vice-presidenta do Sinteal, Célia Capistrano, e a representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e também diretora do Sinteal, Girlene Lázaro relembraram os vinte anos da histórica data “17 de julho”, quando a luta dos trabalhadores e do povo alagoano derrubou (impeachment) o Governo de Divaldo Suruagy.

Em seguida, Célia repassou as informações da audiência mantida com a Semed e outras secretarias envolvidas nas negociações, informando, para indignação e revolta da plenária, que “a prioridade do prefeito é apenas pagar o salário em dia, mantendo a proposta de reajuste zero, sem possibilidade de negociações futuras”.

Com perdas salariais cumulativas, o Sinteal vem mobilizando os trabalhadores da educação municipal e vem realizando uma série de assembleias e atos públicos de luta, como, por exemplo, a atividade “Ressaca Junina do 0% de Reajuste: No ritmo do Rui só quem dança é a Educação. Cadê o reajuste, prefeito?”, que aconteceu no último dia 11 de julho, no pátio do Semed, com boa adesão da categoria.

RESUMO DAS DELIBERAÇÕES DA ASSEMBLEIA GERAL DESTA SEGUNDA-FEIRA (17 DE JULHO)

19/07 – Reunião da Comissão de Greve, na sede do Sinteal, para elaboração do “Calendário de Luta” da Greve por Tempo Indeterminado da Rede Pública Municipal de Educação de Maceió.

24/07 – Início da Greve Geral por Tempo Determinado da Rede Pública Municipal de Educação de Maceió.

24/07 – Às 08hs, ato público de luta com concentração, às 08hs, na Praça Deodoro.