Economia

Ibovespa abandona máximas e fecha estável sem avanços sobre estímulos nos EUA

Volume financeiro totalizou 24,4 bilhões de reais

Por Reuters 21/10/2020 20h54
Ibovespa abandona máximas e fecha estável sem avanços sobre estímulos nos EUA
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ibovespa fechou praticamente estável nesta quarta-feira, sem força para se manter acima dos 101 mil pontos, diante da ausência de novidades efetivas sobre um acordo para novos estímulos fiscais nos Estados Unidos. A cena corporativa ocupou as atenções, com Qualicorp entre os maiores ganhos, em meio a planos da Rede D’Or de elevar participação na empresa, enquanto Weg sofreu realização de lucros após registrar máxima na esteira de resultado sólido. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,01%, a 100.552,44 pontos, após, na máxima da sessão, alcançar 101.585,92 pontos. O volume financeiro totalizou 24,4 bilhões de reais. A piora do pregão brasileiro acompanhou Wall Street, onde o S&P 500 fechou em queda 0,2%, após uma sessão volátil, com os holofotes voltados para as negociações em Washington sobre um novo pacote econômico em resposta ao Covid-19. A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, disse mais cedo que havia perspectiva de um acordo sobre mais auxílio e que estava otimista de que um consenso será alcançado, embora não esteja claro se o projeto poderá ser aprovado antes da eleição. Mais tarde, porém, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, por sua vez, afirmou que há uma série de diferenças em torno de um pacote, embora o presidente Donald Trump esteja “disposto a aceitar” trabalhar rumo a um acordo. Apesar do enfraquecimento no final da sessão, o Ibovespa manteve tom positivo na semana, que já acumula alta de mais de 2%. Na visão do sócio da Monte Bravo Investimentos Rodrigo Franchini, o tom mais otimista na bolsa paulista nesta semana acompanha as esperanças de mais estímulos nos EUA, que ele citou que não se sabe o prazo, mas que a aposta é de que virão. Além disso, acrescentou, também repercute bem a defesa pelo governo brasileiro do teto de gastos e alinhamento do discurso entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, sobre reformas e a situação fiscal do país.