Economia

Ibovespa renova máximas com recordes em Wall St e otimismo com economia brasileira

Volume financeiro totalizou 21,8 bilhões de reais

Por Reuters 19/12/2019 17h30
Ibovespa renova máximas com recordes em Wall St e otimismo com economia brasileira
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, renovando máxima histórica, favorecido por nova sessão de recordes em Wall Street e com dados de emprego e revisões de projeção do PIB endossando apostas mais positivas para a economia brasileira. Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 0,71%, a 115.131,25 pontos, praticamente na máxima da sessão. O volume financeiro totalizou 21,8 bilhões de reais. Nos Estados Unidos, a alta foi apoiada em comentário do secretário de Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, de que um acordo preliminar com a China seria assinado no começo de janeiro, reforçando o otimismo deflagrado pelo desfecho das negociações comerciais entre os dois países na semana passada. O S&P 500 fechou em alta de 044%. No Brasil, o Banco Central melhorou sua projeção de crescimento do PIB no próximo ano (+2,2%), enquanto reiterou estimativas para o IPCA nos próximos três anos abaixo do centro da meta de inflação, que pode até não consolidar a aposta de novos cortes da Selic, mas corrobora estabilidade. A taxa Selic em mínimas recordes tem sido um dos principais suportes para o desempenho positivo das ações brasileiras. À tarde, o Ministério da Economia anunciou a criação líquida de 99.232 vagas formais de emprego em novembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) - melhor resultado para o mês desde 2010 e o dobro do esperado por analistas. “Conforme o mercado de trabalho ganhar mais vigor ao longo dos próximos meses, essa tendência reforça o cenário de recuperação também mais vigorosa do PIB puxada, nesse estágio inicial, mais pelo consumo e serviços”, destacou o estrategista Felipe Sichel, do modalmais. Na visão do gestor Igor Lima, sócio na Galt Capital, a bolsa está refletindo o bom desempenho dos mercados no exterior, assim como a surpresa positiva com a forte geração de vagas de emprego apresentada pelo Caged. “O número reforça a expectativa de que a economia entre 2020 em ritmo de crescimento de 2,5% ou até mais, o que deve sustentar um bom desempenho também das empresas mais ligadas à economia doméstica no próximo ano”, reforçou. DESTAQUES - NATURA ON avançou 5,69%, a 38,85 reais, renovando máxima recorde, em meio a expectativas positivas para a companhia, tanto pela perspectiva mais positiva para a economia - que também influenciou outras empresas relacionadas a consumo - como potenciais sinergias com a aquisição da Avon. - CCR ON e ECORODOVIAS ON subiram 4,34% e 2,9%, respectivamente. Fontes do governo federal afirmaram à Reuters na véspera que o governo desistiu de fixar um valor mínimo de outorga para a nova concessão da rodovia Presidente Dutra, que liga os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, citando estratégia para permitir tarifas de pedágio menores e investimentos no trecho. - VALE ON valorizou-se 0,99%, tendo de pano de fundo a alta dos preços futuros do minério de ferro na China. No setor de mineração e siderurgia, GERDAU PN subiu 2,47%. - MARFRIG ON fechou em baixa de 5,17%, dando continuidade às perdas dos últimos dois pregões, após precificar na terça-feira oferta de ações a 10 reais por papel. - COGNA ON caiu 3,69%, tendo no radar renúncia do diretor de relações com investidores, além de eleição do vice-presidente financeiro para a diretoria financeira da Cogna e Saber. No setor, YDUQS ON avançou 3,24%. - BRADESCO PN avançou 1,84%, com a maioria do setor bancário no azul. ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,49%. - PETROBRAS PN ganhou 0,23%, com o noticiário envolvendo a empresa incluindo aprovação de juros sobre capital próprio de 2,35 bilhões de reais e decisão do conselho de buscar alternativas para a área Comperj após cancelamento de projeto com a chinesa CNPC.