Economia

Expectativa de vida está abaixo da média nacional

De acordo com dados do IBGE, ainda assim houve avanço; estimativa era de 72 anos em 2017 e subiu para 72,3 em 2018

Por Lucas França com Tribuna Independente 29/11/2019 10h30
Expectativa de vida está abaixo da média nacional
Reprodução - Foto: Assessoria
De acordo com dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da “Tábua de Mortalidade - 2018”, a expectativa de vida em Alagoas passou de 72 anos em 2017 para 72,3 anos em 2018. Apesar do aumento, ainda está abaixo da média nacional que é de 76,3 em 2018. Em Alagoas, a expectativa de vida dos homens era 67,6 em 2018 e 67,2 em 2017. Entre as mulheres, a esperança de vida ao nascer era de 77,1 anos em 2018, enquanto em 2017 era de 76,8. Assim como em 2017, o estado apresentou a maior diferença entre as expectativas de vida de homens e mulheres (9,5 anos a favor das mulheres) em 2018. No Brasil, a tábua de mortalidade projetada para o ano de 2018 forneceu uma expectativa de vida de 76,3 anos para o total da população, ou seja, um acréscimo de três meses e quatro dias em relação ao valor estimado para o ano de 2017 (76 anos), o que corresponde a uma alta de 0,4%. Os dados foram divulgados ontem (28) e mostra que essa estimativa vem crescendo desde 1940. Naquele ano, a expectativa de vida do brasileiro era de apenas 45,5 anos, ou seja, os brasileiros hoje vivem, em média, 30,8 anos a mais do que em meados no último século. O IBGE esclarece que a expectativa de vida muda conforme o ano de nascimento do indivíduo, ao que se dá o nome de “projeção de sobrevida”. Ou seja, quem tinha 30 anos completos em 2018 terá um tempo médio de vida diferente de quem nasceu naquele ano. Para o gerontólogo social e jornalista Francisco Silvestre dos Anjos, 65 anos, do Observatório do Idoso de Alagoas (OIA), o estado que não tem no mínimo política estadual do idoso à expectativa de vida é desprezível. “Se não houver política estadual do idoso, delegacia especializada, em atendimento a pessoa idosa, e fórum popular do idoso, a tendência é ter sempre uma expectativa de vida desprezível’’. O especialista ressalta ainda que muitas vezes é produzida a cultura do subenvelhecimento. “Nós produzimos e preservamos a cultura do subenvelhecimento. Nossa pauta gerontológica é assistencialista e da ganância corporativista. Ainda vivemos no estilo de vida que o idoso ativo basta dançar e viajar. No mundo, ser ativo é também ser produtivo, ser funcional, ser utilitário e acima de tudo cidadão’’, ressalta Anjos.