Economia

Ibovespa fecha no azul após pregão com menor liquidez sem NY

Volume financeiro somou 6,87 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do mês de 15,7 bilhões de reais

Por Reuters 22/11/2018 21h47
Ibovespa fecha no azul após pregão com menor liquidez sem NY
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ibovespa fechou no azul nesta quinta-feira, em pregão de baixa liquidez pela ausência de negócios em Wall St dado o feriado nos EUA, com a ação do Banco do Brasil atingindo máxima histórica em meio a notícias sobre a escolha do presidente do banco de controle estatal para o próximo governo. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,24 por cento, a 87.477,44 pontos, a primeira alta nesta semana. O volume financeiro somou 6,87 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do mês de 15,7 bilhões de reais. Nos dois pregões anteriores, o Ibovespa acumulou queda de 1,4 por cento, sendo pressionado principalmente pela queda das bolsas de Nova York, afetadas pelo declínio de papéis do setor de tecnologia e apreensões sobre o crescimento global. Nesta quinta-feira, o mercado norte-americano esteve fechado em razão do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. Na sexta-feira, Wall Street fecha mais cedo. Na visão do gestor Frederico Mesnik, sócio-fundador da Trígono Capital, sem NY, houve espaço para os papéis brasileiros reagirem a fundamentos e a temporada recente de resultados trouxe sinais positivos sobre as companhias do país. “As fortes perdas de NY no começo da semana contaminaram todo mundo. E os fundamentos só aparecem quando a poeira baixa”, afirmou. O analista Filipe Villegas, da corretora Genial, endossou a premissa, afirmando que em sessões como esta o foco tende a ficar voltado para o noticiário corporativo, com ações além das blue chips também se sobressaindo. “A semana foi atípica, com feriado no Brasil na terça-feira e nos EUA nesta quinta-feira. O mercado brasileiro só deve retornar à sua normalidade na próxima semana”, acrescentou. DESTAQUES - BANCO DO BRASIL subiu 1,86 por cento, a 44,45 reais, máxima de fechamento recorde, após notícias de que o economista Rubem Novaes comandará o banco de controle estatal no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Na máxima da sessão, os papéis subiram a 44,87 reais. Analistas do Itaú BBA disseram que o novo CEO será desafiado a ampliar o reforço contínuo da base de capital do BB, suas melhorias na qualidade dos ativos e o crescimento da carteira de crédito. - BRF fechou em alta de 6,38 por cento, maior avanço do Ibovespa, com os papéis da companhia de alimentos engatando o segundo pregão seguido de recuperação e voltando a ficar com desempenho positivo no mês. No ano, porém, as ações ainda acumulam declínio de quase 40 por cento. No radar, está a notícia da segunda-feira de que o México habilitou 26 novos estabelecimentos do Brasil para embarques ao país de carne de aves, basicamente de frango, com BRF entre eles. - CEMIG PN avançou 5,44 por cento, tendo novamente como pano de fundo expectativas relacionadas à privatização da elétrica mineira. - PETROBRAS PN subiu 0,28 por cento, apesar do fechamento negativo dos preços do petróleo no exterior. Uma fonte de alto escalão da área econômica da transição afirmou nesta quinta-feira que o regime do pré-sal seria modificado e que havia dentro da equipe preferência pelo regime de concessão no lugar do de partilha. O economista Roberto Castello Branco, indicado para a presidência da Petrobras, contudo, disse que ainda não há uma decisão sobre o tema. PETROBRAS ON ganhou 0,15 por cento. - VALE recuou 0,9 por cento, pesando no Ibovespa, em linha com o declínio de outras mineradoras na Europa. - ITAÚ UNIBANCO PN encerrou com decréscimo de 0,23 por cento e BRADESCO PN subiu 0,41 por cento. - VIA VAREJO UNIT recuou 1,67 por cento, em sessão sem tendência única para o setor de varejo, em véspera de Black Friday, com B2W subindo 3,29 por cento e MAGAZINE LUIZA encerrando com acréscimo de 3,07 por cento.