Economia

Ibovespa fecha em alta ajudado por NY e petróleo; Ultrapar dispara

Volume financeiro somou 8,73 bilhões de reais

Por Reuters 02/08/2018 21h58
Ibovespa fecha em alta ajudado por NY e petróleo; Ultrapar dispara
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, ajudado pela melhora nos pregões em Wall Street e avanço dos preços do petróleo, com Ultrapar chegando a disparar mais de 10 por cento após anúncio de dividendos e resultado trimestral. O principal índice de ações da B3 subiu 0,42 por cento, a 79.636,69 pontos. Na mínima, no começo do dia, o Ibovespa caiu 0,92 por cento. O volume financeiro somou 8,73 bilhões de reais. Nos Estados Unidos, o S&P 500 avançou 0,49 por cento, apoiado na recuperação de ações do setor de tecnologia, com a Apple atingindo 1 trilhão de dólares em valor de mercado. Após a apreensão sobre a disputa comercial EUA-China pesar nos negócios no começo da sessão, quando o Ibovespa caiu 0,9 por cento no pior momento, trouxe algum alívio comentário do secretário do Comércio norte-americano de que as tarifas que os EUA ameaçam impor não serão desastrosas para a China. Os preços do petróleo também ampliaram os ganhos, ajudando as ações da Petrobras, depois de operadores terem visto um relatório do setor indicando que os estoques domésticos da commodity voltariam a diminuir depois de um aumento inesperado na semana passada. DESTAQUES - ULTRAPAR disparou 7,56 por cento, após tocar a mínima em mais de cinco anos na véspera, um dia após anúncio de distribuição de juros sobre capital próprio e divulgação de resultado no segundo trimestre. Na máxima, os papéis subiram 10,5 por cento. O Itaú BBA disse que os resultados foram melhores que as previsões de seus analistas diante de baixas expectativas para a divisão Ipiranga, que estavam no preço das ações. O Bradesco BBI avaliou positivamente o foco do grupo em retornos e mudança na estratégia da companhia para enfrentar um ambiente altamente competitivo, mas afirmou que mantinha visão cautelosa em razão de perspectivas de crescimento fraco e baixa visibilidade sobre níveis de margem normalizados. - PETROBRAS PN subiu 2 por cento, favorecida pelo avanço dos preços do petróleo, enquanto investidores aguardam o resultado do segundo trimestre da petrolífera de controle estatal, que será divulgado na sexta-feira, antes da abertura da bolsa. Prévia divulgada pela Reuters aponta que a empresa deve alcançar um lucro líquido de 1,505 bilhão de dólares no trimestre, um salto na comparação com os 96 milhões de dólares de igual trimestre do ano passado. - GOL fechou em queda de 0,73 por cento, após oscilar entre momentos de alta e baixa, tendo no radar prejuízo de 1,3 bilhão de reais no segundo trimestre, afetado pelo câmbio, e piora nas estimativas de margens e custos. A receita operacional líquida, contudo, subiu 9 por cento e o resultado operacional medido pelo Ebit saltou 92,7 por cento entre abril e junho. Na teleconferência, a companhia aérea também disse que as reservas de voos voltaram em julho para níveis mais normais. - COSAN avançou 4,17 por cento, no segundo dia de alta, após recuar quase 6 por cento na terça-feira, afetada por operação da Polícia Civil do Paraná sobre suposto controle criminoso dos preços nas bombas. Em comunicado nesta quinta-feira, a Cosan negou que a Raízen, uma joint venture com a Shell para os setores de cana e combustíveis, alvo da operação, tenha formado cartel para a formação de preços em postos do Paraná e do Distrito Federal. - VALE caiu 0,41 por cento, principal peso negativo do Ibovespa dada a sua relevante participação na carteira do índice, tendo no radar as preocupações com os planos norte-americanos de impor uma tarifa de 25 por cento em importações chinesas avaliadas em 200 bilhões de dólares, em meio a uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, o que derrubou os preços futuros do minério. - EQUATORIAL recuou 2,53 por cento, após o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar que a Eletrobras deverá abster-se da operação de venda, que estava em curso, da sua participação societária na SPE Integração Transmissora de Energia (Intesa) para a Equatorial, conforme informou a Eletrobras na noite de terça-feira.