Economia

Dólar fecha em alta nesta terça após pesquisa indicar vantagem de Trump

Moeda norte-americana subiu 1,61%, vendida a R$ 3,2412

Por G1 01/11/2016 16h07
Dólar fecha em alta nesta terça após pesquisa indicar vantagem de Trump
Reprodução - Foto: Assessoria

O dólar ampliou os ganhos sobre o real nesta terça-feira (1º) e fechou em alta, após pesquisa sobre as eleições dos Estados Unidos indicar que o candidato Donald Trump superou sua opositora Hillary Clinton nas intenções de voto. Mais cedo, o dólar alternou leves ganhos e perdas, com investidores adotando cautela na véspera de decisão de juros nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana subiu 1,61%, vendida a R$ 3,2412.

Na mínima do dia bateu R$ 3,1786, segundo a Reuters.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h09, queda de 0,25%, a R$ 3,1818 Às 10h10, queda de 0,03%, a R$ 3,1899 Às 10h29, alta de 0,3%, a R$ 3,1996 Às 11h, alta de 0,4%, a R$ 3,203 Às 11h49, alta de 0,69%, a R$ 3,2123Às 12h5, alta de 0,75%, a R$ 3,2152 Às 13h40, alta de 1,18%, a R$ 3,2276 Às 14h50, alta de 1,61%, a R$ 3,2415 Às 15h39, alta de 0,57%, a R$ 3,2401 Às 16h09, alta de 1,98%, a R4 3,2502

A Bovespa também reagiu à pesquisa sobre as eleições norte-americanas e ampliou perdas. Na Europa, as bolsas também reagiram e fecharam em queda.

Trump superou Hillary por um ponto, a primeira vez em que lidera uma pesquisa desde maio, segundo uma pesquisa realizada pela rede ABC News e o jornal "Washington Post" e publicada nesta terça-feira (1º). Na pesquisa, o magnata reúne uma intenção de voto de 46%, contra 45% para Hillary. A margem de erro é de 2,5%.

O professor de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA), Alexandre Cabral, explica que o temor do mercado no Brasil sobre a vitória de Trump tem origem em declarações anteriores do candidato, com as preocupações potencializadas pela divulgação da pesquisa. "O Trump começou a pressionar o México, dizendo que atrapalha os EUA mais do que ajuda. Veio essa pesquisa de cascata. O Brasil e um grande parceiro, e também se dá mal nessa história", disse em entrevista ao G1.

Segundo a Reuters, o peso mexicano fixou valores mínimos de mais de três semanas, posicionando-se para uma possível vitória de Trump.

Juros dos EUA

O mercado também segue atento a pistas sobre a decisão do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, sobre os juros no país. Isso porque taxas mais altas poderiam atrair para os EUA recursos aplicados atualmente em outros mercados, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real. O Fed tem reunião na quarta-feira (2). "Acho que o Fed não vai trazer novidade em termos de juros, mas a reunião traz cautela", comentou à Reuters o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

A expectativa é que o Fed não mude a taxa de juros na quarta, mas o mercado se prepara para um cenário de alta em dezembro em meio a sinais de que a economia norte-americana está acelerando.

Repatriação de ativos

Segundo a Reuters, operadores também ressaltavam o fato de que, na noite passada, terminou o prazo para regularização de ativos mantidos por brasileiros no exterior, o que vinha contribuindo para puxar o dólar para baixo nos últimos pregões. Em outubro, a moeda norte-americana cedeu 1,9% e foi abaixo de R$ 3,20.

A Receita Federal informou nesta terça-feira (1º) que o governo arrecadou R$ 50,9 bilhões com o processo de regularização de ativos mantidos por brasileiros no exterior, chamado de "repatriação". A arrecadação ficou acima da expectativa inicial do Ministério da Fazenda, de R$ 50 bilhões.

Interferência do BC

O BC vendeu nesta manhã o lote integral de 5 mil contratos em swap cambial reverso, equivalente à compra futura de moeda.Entenda: swap cambial, leilão de linha e venda direta de dólares

Último fechamento

Na véspera, o dólar caiu 0,2%, a R$ 3,19. No mês de outubro, acumulou desvalorização de 1,9%. Foi o 6º mês no ano em que a moeda norte-americana cedeu ante o real, segundo a Reuters. No ano, a moeda teve perda acumulada de 19,1% frente ao real até esta segunda-feira.