Cooperativas

Vale-livro para a Bienal dado aos estudantes é feito de papel reciclado

Equipe técnica da Secretaria Municipal de Educação decidiu abraçar o projeto da sustentabilidade

Por Texto: Delane Barros com Ascom Semed 07/11/2019 18h02
Vale-livro para a Bienal dado aos estudantes é feito de papel reciclado
Reprodução - Foto: Assessoria
Desde os primeiros momentos de planejamento da 9ª Bienal Internacional do Livro, a equipe técnica da Secretaria Municipal de Educação (Semed) decidiu abraçar o projeto da sustentabilidade dentro do maior evento literário do Estado. Como o Vale-livro é uma prática da secretaria nas seis últimas edições do evento, ficou definido que esse seria o “carro-chefe”. Com a meta definida, a equipe de planejamento anunciou a primeira decisão: o Vale-livro deveria ser confeccionado em papel reciclado. O coordenador do projeto Vale-livro na Semed, Erick Nogueira, explica que a utilização do papel reciclado foi definida por dois motivos: além de aproveitar a matéria-prima, também poderia contribuir com a renda de famílias carentes. “Então, imediatamente, buscamos contato com cooperativas de reciclagem para o recolhimento do material utilizado a fim de promover o seu reaproveitamento”, disse. Ainda de acordo com o coordenador do projeto, a equipe enxergou outra possibilidade de contribuir com as unidades de ensino da Semed. Foi nesse momento que surgiu a ideia de inserir, no cartão do Vale-livro, sementes de hortaliças que devem ser cultivadas em plantações nas escolas da Semed. “Ou seja, nosso planejamento representa um ciclo, com início, meio e fim. Começamos com a matéria-prima reciclável, a cooperativa reaproveita o material e ainda investimos na alimentação saudável”, resumiu Erick Nogueira. A coordenadora do setor de Alimentação e Nutrição Escolar (Cane) da Semed, Anna Carla Luna, considerou a iniciativa “maravilhosa”. Ela lembra que a secretaria tem investido, cada vez mais, em incentivar junto à comunidade a alimentação com menos processamento e as sementes de alface, quiabo, coentro, pepino e couve, que são inseridas no Vale-livro, terá grande contribuição nesse processo. “Temos valorizado cada vez mais a agricultura familiar, como forma de promover a alimentação saudável, com a utilização cada vez menor de alimentos processados ou ultraprocessados”, disse. De acordo com Anna Carla, o setor de Educação Ambiental da Semed está promovendo um levantamento nas escolas para identificar a quantidade de hortas na rede e definir a ampliação. Os dados iniciais apontam que, atualmente, sete escolas municipais e 13 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) possuem horta. Além disso, o levantamento feito pelo setor aponta que 43 unidades de ensino têm espaço para a construção de hortas horizontais e mais 34 para o formato vertical. O Vale-livro é uma iniciativa que oferece um crédito de R$ 15 para utilização pelos estudantes da rede municipal de ensino da capital, para aquisição de livros na 9ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, evento que ocorre até domingo, nas ruas do bairro de Jaraguá. A Semed investiu mais de R$ 150 mil no projeto, que atende a quase 7 mil estudantes, nas modalidades de ensino fundamental, educação básica e Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai).