Cidades
Tribuna Hoje é o grande vencedor do primeiro Prêmio MPAL de Jornalismo
No Dia Nacional do Ministério Público, MPAL premia melhores reportagens que destacaram a atuação de promotores e procuradores de Justiça
Foi no Dia Nacional do Ministério Público, 14 de dezembro, que o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) realizou a primeira edição do seu Prêmio de Jornalismo. O portal Tribuna Hoje foi o grande vencedor na categoria webjornalismo/impresso, com três reportagens premiadas. O evento, criado com a finalidade de estimular e valorizar as produções jornalísticas pautadas pela atuação de promotores e procuradores de Justiça, agraciou jornalistas e uma universitária que se inscreveram em quatro diferentes categorias: webjornalismo/jornalismo impresso, radiojornalismo, telejornalismo e estudante. Os vencedores da Tribuna foram: Lucas França (primeiro e segundo lugar), Gabriely Castelo (segundo lugar), Wellington Santos (primeiro lugar) e Ana Paula Omena (terceiro lugar).
Anfitrião da noite, o procurador-geral de Justiça Márcio Roberto Tenório de Albuquerque parabenizou os agraciados e agradeceu o envolvimento da mídia alagoana com o prêmio: "Externamos os parabéns a todos os concorrentes e, em especial, aos grandes vencedores desta cerimônia, ao tempo em que também agradecer por terem participado. Estamos imensamente felizes pelo interesse de cada uma e cada um de vocês. As 34 reportagens inscritas puderam mostrar ao cidadão o quão fundamental é o Ministério Público, esse órgão que salvaguarda a Constituição Federal, que zela pela observância das leis, que tutela importantes direitos sociais, que trabalha pela segurança dos interesses coletivos e que combate o crime e a corrupção. Gratidão por terem nos ajudado a levar luz aquilo que estava, de alguma maneira, obscuro aos olhos do alagoano. Jornalismo também tem essa missão”, disse ele.
O repórter Lucas França, vencedor em dose dupla com as reportagens "Alagoas ainda convive com fantasma da intolerância religiosa" (em parceria com Wellington Santos) e "Violência contra LGBTQIA+ em Alagoas: em 2022, 10 foram mortos e 617 denúncias de agressões foram registradas" (em parceria com Gabriely Castelo), ficou bastante animado com as conquistas: "É uma satisfação enorme ser agraciado nesta primeira edição do Prêmio MPAL de Jornalismo com uma temática tão importante como essa que não é tão aprofundada nos veículos de comunicação tradicionais. O tema 'intolerância religiosa' é importante e deve ser debatido diariamente. Nós, como agentes sociais, devemos divulgar, apurar e cobrar ações e políticas públicas de proteção". Sobre a segunda colocação com Gabriely Castelo, Lucas disse que escolheu a parceira de trabalho certa. "Neste, tive o prazer de produzir com a colega Gabriely, que já tem essa visão de produzir reportagens sobre direitos humanos. Quando pensei na pauta, já pensei nela e fiz o convite. Destaco também Bruno Martins que fez a revisão textual do trabalho", disse.
A repórter Gabriely Castelo destacou a questão da representatividade como crucial na temática LGBTQIA+. "Esse segundo lugar é muito importante pelo aumento da representatividade da temática LGBTQIA+ nos mais diversos setores da sociedade, principalmente no âmbito da justiça, que foi o que aconteceu hoje", afirmou.
Terceiro lugar em texto com a reportagem "Vítimas de abuso sexual infanto-juvenil são amparadas para que não sejam silenciadas", a jornalista Ana Paula Omena dedicou a vitória à mãe. "Quero agradecer a Deus por me proporcionar essa alegria, bem como aos jurados pelo reconhecimento e a organização do prêmio. Que esse seja o primeiro evento de muitos. Dedico essa vitória a minha mãe que me incentivou a escrever sobre o alarmante número de casos de violência sexual infanto-juvenil, porque as estatísticas são realmente preocupantes, mas durante a apuração fiquei feliz por saber do empenho de uma grande rede de apoio que encoraja crianças e adolescentes a denunciarem seus agressores. Que essa situação possa mudar em um futuro breve", disse a repórter.
O primeiro lugar, Wellington Santos, dedicou o prêmio aos personagens participantes da matéria vencedora, em parceria com Lucas França. "Eles são, com certeza, a razão principal de qualquer material jornalístico. Quero agradecer imensamente cada pessoa que participou dessa matéria com depoimentos, as pessoas que sofrem essa absurda intolerância religiosa e que se estende também à questão racial. Quero alertar que, 110 anos depois do episódio conhecido como Quebra de Xangô, uma coisa absurda de intolerância religiosa, que destruiu várias casas de matriz africana em Alagoas, a gente vê que com, essa visão política retrógrada, essa coisa ressuscitou, com pessoas sendo agredidas e várias casas de matriz africana sendo destruídas, infelizmente lembrando o que aconteceu em 1912. Então, para essas pessoas, eu dedico esse prêmio", disse o repórter.
"O resultado conquistado pela equipe da Jorgraf [Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos de Alagoas] neste primeiro Prêmio de Jornalismo do Ministério Público alagoano mostra a importância de eventos como esse para destacar a qualidade de nossos profissionais, principalmente em um momento que enfrentamos tantos ataques que buscam desestabilizar o estado democrático de direito", afirma Flávio Peixoto, diretor administrativo da Jorgraf.
A diretora de Comunicação do MPAL, Janaína Ribeiro, também comemorou a realização do prêmio e disse que a concretização do projeto é um desejo coletivo da equipe que está sendo realizado. “Estamos falando de um sonho que se tornou real, por isso, queremos registrar ao procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto, o nosso mais profundo agradecimento por ter acreditado no potencial do prêmio. Gratidão também ao Colégio de Procuradores de Justiça, a todos os diretores que integram a atual gestão, aos patrocinadores, à comissão julgadora por ter dedicado precioso tempo para avaliar o material que lhe foi enviado e cada integrante da nossa equipe por tamanha dedicação. E, claro, fica o nosso muito obrigada aos colegas que participaram da disputa. Estamos vivendo um momento de celebração”, afirmou a jornalista.
Procuradores e promotores de Justiça, servidores, patrocinadores e autoridades prestigiaram a cerimônia de premiação.
Confira os vencedores:
Categoria Estudante:
MPAL como ferramenta para garantir os direitos para consumidores alagoanos – Estudante Ana Beatriz de Gusmão Rodrigues, da Universidade Federal de Alagoas. Reportagem com o promotor de Justiça Max Martins.
Radiojornalismo
1º lugar: Casas de acolhimento: um abraço no futuro de quem sofreu no passado – Jornalistas Alexandre Lino e Mara Almeida e editor Wemerson Santos, da Rádio Gazeta. Reportagem com o promotor de Justiça José Antônio Malta Marques.
2º lugar: Painel da improbidade: o MP usando da tecnologia para vencer o crime – Jornalistas Alexandre Lino e Mara Almeida e editor Wemerson Santos, da Rádio Gazeta. Reportagem com o promotor de Justiça José Carlos Castro.
3º lugar: Proteção na palma da mão – Jornalista Géssika Costa, da Rádio Correio Delmiro. Reportagem com a promotora de Justiça Hylza Paiva.
Webjornalismo/Impresso
1º lugar: Alagoas ainda convive com fantasma da intolerância religiosa – Jornalistas Wellington Santos e Lucas França, da Tribuna Hoje – Reportagem com o promotor de Justiça Flávio Costa.
2º lugar: Violência contra LGBTQIA+ em Alagoas: em 2022, 10 foram mortos e 617 denúncias de agressões foram registradas – Jornalistas Lucas França e Gabriely Castelo, da Tribuna Hoje.
3º lugar: Vítimas de abuso sexual infanto-juvenil são amparadas para que não sejam silenciadas – Jornalista Ana Paula Omena, da Tribuna Hoje. Reportagem com o procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, e com o promotor de Justiça Cláudio Malta.
Telejornalismo
1º lugar: Na rua não existimos – População de rua vive sem amparo, sem conhecer direitos – Equipe Maria Maciel, Teresa Cristina, Wellinton Soares, Wando Cajueiro, Danielle Silva e José Santos, da TV Pajuçara. Reportagem com a promotora de Justiça Alexandra Beurlen.
2º lugar: Alagoas tem cerca de 1.500 casos de desaparecimentos registrados – Equipe Teresa Cristina, Vera Valério, Danielle Silva, Wando Cajueiro, Alan Garcia, Cleviton Carvalho e Irineu Inácio, da TV Pajuçara. Reportagem com a promotora de Justiça Marluce Falcão.
3º lugar: Projeto do MPAL vira modelo de combate ao abuso sexual infanto-juvenil – Equipe Marcelo Moreno, Derek Gustavo e Bruno Reis, da TV Ponta Verde. Reportagem com o promotor de Justiça Lucas Sachsida.
A premiação
Os trabalhos vencedores receberam, a título de prêmio, valores em dinheiro, troféus e certificados. O pagamento será feito mediante depósito em conta bancária de titularidade do candidato que constar na ficha de inscrição. Nas categorias profissionais, o primeiro lugar ganhou R$ 2,5 mil. O segundo colocado foi contemplado com R$ 1,5 mil e, o terceiro, recebeu R$ 1 mil. Já a estudante que conquistou o 1º lugar ganhou R$ 1 mil.
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