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Preço da gasolina cai em Maceió

Sindicombustíveis diz que isolamento causou redução em torno de 60% a 80% nas vendas

Por Lucas França com Tribuna Independente 07/04/2020 08h06
Preço da gasolina cai em Maceió
Reprodução - Foto: Assessoria
Com o confinamento das pessoas por conta do novo coronavírus (Covid-19), muita gente está deixando de abastecer o veículo já que ele fica maior tempo parado na garagem de casa. Isso fez com quer os donos de postos de combustíveis reduzissem o preço da gasolina para estimular as vendas. A estimativa do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Alagoas (Sindicombustíveis-AL) é que a redução nas vendas foi em torno de 60% a 80%. De acordo com o Sindicato, a variação da queda nas vendas depende da localização dos estabelecimentos. Porém, a entidade disse não ter como atribuir à redução das vendas a diminuição dos preços dos combustíveis, uma vez que os valores praticados pelos postos são decisão individual dos revendedores e a entidade não acompanha, nem possui ingerência sobre os preços praticados pelos postos. Nesta segunda-feira (6), a reportagem da Tribuna Independente foi em alguns estabelecimentos e constatou os reajustes para menos nos valores da gasolina. A dica para o condutor é pesquisar antes de abastecer. A média de preço varia entre R$ 3,79 a 4,19. Na Avenina Menino Marcelo, a antiga Via Expressa, tem estabelecimento vendendo o litro da gasolina por R$ 3,99 R$ 4,05. Na Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, a média de preço também segue essa linha, mas por lá tem estabelecimento com preço mais baixo como o Posto do Makro, onde a gasolina está sendo comercializada a R$ 3,89. A redução no valor da gasolina está acontecendo em vários outros estados. Vale ressaltar a Petrobras anunciou a redução do preço médio da gasolina nas refinarias em 27 de março. Essa foi a segunda redução em uma semana. O reajuste anterior foi no dia 24, que ocorreu em meio a um tombo dos preços de petróleo e derivados por impactos da expansão do coronavírus e de uma guerra de preços entre grandes produtores globais da commodity. Esse foi o nono reajuste só este ano. Apesar da redução pela estatal, é tradicional não chegar ao consumidor final nos postos e quando chega não é imediato e depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis. Desta vez, a redução ao que parece estar relacionada à pandemia do coronavírus. Para o condutor Walberto Cesário, a pandemia não é o motivo do reajuste. "A Petrobras baixou 36% no valor da gasolina repassada às distribuidoras. Mas com tudo isso os postos, principalmente em Alagoas, só baixaram 8%. Era para a gasolina estar a um preço médio de R$ 3.00", avalia. Fernando Freire, também acredita que o reajuste nos postos deveria ser maior. “Mas só baixaram centavos, míseros centavos. Dá não pra levar em consideração, tem que baixar é em real isso sim’’, reclama o condutor. E Gustavo Oliveira, teme que essa queda possa vir em aumento mais pra frente. “Se preparem que vem aumento por aí, sempre é assim”, comenta. “Quando tudo voltar ao normal o preço vai lá pra cima”, finaliza Júnior Marley. A reportagem tentou conversar com donos de postos de combustíveis, para saber quais as estratégias de vendas e qual a porcentagem de descontos está sendo praticado, mas não teve êxito.