Cidades

Feira gastronômica espera público de 10 mil pessoas

Durante os três dias de evento, a expectativa é de que as 14 empresas envolvidas cheguem a movimentar cerca de R$ 120 mil

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 24/11/2018 08h43
Feira gastronômica espera público de 10 mil pessoas
Reprodução - Foto: Assessoria
A segunda edição da Feira Gastronômica do Graciliano Ramos deve receber cerca de 10 mil pessoas durante os dias 23 e 25 de novembro, segundo a organização. A expectativa da Associação de Moradores do conjunto, idealizadora do evento, é que as 14 empresas envolvidas movimentem algo em torno de R$ 120 mil. O presidente da associação de moradores, Edivaldo Aurélio, explica que 150 pessoas estão envolvidas na execução da feira. Na primeira edição do evento, 18 empresas participaram. No entanto, limitações de recursos diminuíram a quantidade de empresas participantes. “Essa é a segunda edição da feira que tem o apoio da Prefeitura de Maceió e do Sebrae. A importância desse evento é muito grande, temos uma média de 150 pessoas trabalhando, acreditamos que vamos ter o dobro de público do ano passado, embora o lado financeiro tenha pesado um pouco e este ano estejamos com 14 estandes, enquanto ano passado tivemos 18. Mas com certeza vai atender, porque as pessoas foram mais instruídas, estão mais capacitadas, esperamos movimentar entre R$ 120 e R$ 150 mil reais durante os três dias”, destaca o líder comunitário. À frente da Feijoada da Naza, a micro empresária Daniele Araújo celebra a realização da feira. Ela esteve presente na edição do ano passado e espera repetir o sucesso de 2017 nesta edição. “O meu restaurante começou com a minha mãe há cerca de cinco anos. Tudo começou na informalidade, aí depois a gente se tornou MEI [Microempreendedor Individual] e ano passado eu me engajei com ela e depois do sucesso da feira, nós partirmos para ME [Microempresa]. Ano passado foi fora do normal, nossa expectativa era crescer, mas nós conseguimos bons resultados depois disso porque 80% dos clientes não nos conheciam. Através do Sebrae e da Feira conseguimos mais clientes e crescemos mais”, diz a micro empresária. A Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes) dá apoio ao evento. Segundo o órgão a feira é fundamental para aquecer a economia local e ajudar os comerciantes. “Feiras como essa são oportunidades para que os pequenos empreendedores não apenas obtenham uma renda extra em curto espaço de tempo, mas também de  apresentarem os seus produtos para um novo público e conquistar novos clientes. Além disso, a Feira Gastronômica do Graciliano Ramos oferece uma capacitação, feita pelo Sebrae, com dicas e recomendações que podem ser aplicadas a longo prazo em seus empreendimentos”, avalia a Semtabes. Além dos empresários envolvidos, a feira também conta com a participação de ambulantes, expositores de artesanato, plantas e apresentações artísticas. Empresárias aproveitam sucesso para ampliar negócio   Quem também colhe os frutos da feira gastronômica é Simone Maria da Silva, ela é proprietária da Pastelaria O Topadão, fundada há cerca de três anos. Ela conta que na edição do ano passado vendeu uma média de 400 pasteis. Ela esperar ampliar o faturamento. “Foi muito importante para a gente, melhorou nosso público. Creio que este ano vamos superar ano passado. Vendemos 460 pasteis e porque não trouxe mais, estamos animados. Eu participo de outros eventos e vejo que isso ajuda bastante a divulgar nosso trabalho. Nós somos anônimos e a partir do momento que participamos de evento como esses nos dá foco, visibilidade”, pontua. Úrsula Almeida iniciou sua doceria em parceira com a filha há pouco mais de um ano. Ela disse que assim que começou foi logo participando da primeira edição. Agora, com mais experiência, planeja ganhar ainda mais destaque. Ela oferece 11 tipos de doces no estande. “Começamos com trufas, aí minha filha fez um curso de bolos e aí começamos a pegar encomendas. Fomos convidadas ano passado para expor, viemos mais pela divulgação e conseguimos mais encomendas. Hoje me sinto mais preparada, recebemos muitas capacitações do Sebrae, isso ajuda muito. Nós colocamos a etiqueta de validade, temos esse cuidado para que seja fresquinho. Nosso carro chefe é o cupcake”, afirma. Todos os comerciantes passam por capacitação antes do evento   O analista técnico do Sebrae, Carl Broad esclarece que todos os comerciantes participantes da feira passaram por um processo de capacitação envolvendo planejamento empresarial, gestão do negócio e principalmente segurança alimentar. “O maior desafio é ter planejamento, porque o investimento é alto, nós temos parceiros que são essenciais, mas os protagonistas disso tudo são os comerciantes e  a associação de moradores, a feira em si é fruto desse esforço. Para os comerciantes, o maior desafio foi trabalhar a gestão nas empresas deles. A premissa para que eles tivessem participando desse evento é que todos tivessem consultoria sobre segurança alimentar, foi uma exigência nossa, todos têm autorização da vigilância sanitária para o funcionamento”, pontua Ainda segundo o analista a feira proporcionou visibilidade e a possibilidade de ampliação para os negócios.  “Aqui nós temos empresas que não participaram da outra edição. Estamos com 14 empresas, algumas eram MEI’s e depois da primeira edição da feira passaram a ME. São empresários que estão muito bem capacitados e esperamos que façam bons negócios durante a feira”, acrescenta.