Cidades

Servidores federais realizam mobilização nacional em defesa do serviço público

Movimento se concentra na porta do Hospital Universitário na parte alta de Maceió para cobrar melhorias estruturais e de salários

Por Ana Paula Omena com Tribuna Hoje 07/06/2018 11h30
Servidores federais realizam mobilização nacional em defesa do serviço público
Reprodução - Foto: Assessoria
Os servidores federais de todo o país realizam uma mobilização nesta quinta-feira (7), em defesa do serviço público com foco na revogação da EC 95/2016 (PEC do Teto), campanha salarial e melhorias estruturais nas repartições e hospitais universitários. Em Alagoas, os servidores os públicos federais do Hospital Universitário (HU), na parte alta de Maceió, estão na porta da unidade de saúde, tendo como eixo central mais investimentos nas instituições públicas, que atualmente têm sofrido com o contingenciamento, principalmente pela falta de materiais de insumo básicos, que prejudica o atendimento. Bem como negociação entre o funcionalismo federal e o governo. De acordo com Davi Fonseca, coordenador-geral do Sintufal (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas), é exigido uma abertura no canal de negociação, porque já são mais de 26% de perda da categoria e não se tem previsão de aumento. “Não temos data-base e por isso estamos sem reajuste nenhum. Reivindicamos também a revogação da Emenda Constitucional 95, que trata do Teto dos gastos, que vai fazer essa situação de precarização perdurar por 20 anos, porque limita os gastos sociais do país”, observou Davi Fonseca. “Assumimos como pauta nossa, a luta por baixar e congelar os preços dos combustíveis e do gás de cozinha, já que impacta no orçamento das famílias e inflação”, acrescentou. A crise no Hospital Universitário está sendo discutida em audiência nesta quinta-feira em Brasília. Segundo Davi Fonseca, já se passaram oito anos que uma empresa foi criada para administrar os HUs em todo o Brasil e nada mudou, se comparado ao cenário anterior. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) veio para modificar, porém o representante do Sintufal ressalta que há falta até de insumos básicos, que afeta os atendimentos no HU de Alagoas. “Essa empresa piorou a situação interna, porque hoje nós temos trabalhadores de vários níveis, os hospitais universitários se tornaram uma grande torre de babel, e essa audiência pública é justamente para debater e buscar uma alternativa, como, por exemplo, de financiamento e gestão que respeite os trabalhadores da Ebserh, da RJU – Regime Jurídico Único e os terceirizados para que tenhamos de fato um hospital de qualidade”, explicou. SEM FUNCIONÁRIOS E INSUMOS Davi disse ainda que a Ebserh ficou devendo funcionários, além dos serviços que não têm crescido seguindo o aumento da demanda. Ele frisa que em todos os setores existem relatos das dificuldades e a própria gestão tem assumido isso, se refletindo no atendimento. “Além do problema de pessoal tem também o de insumos, falta seringa, imagine... Os pacientes dormem na porta do hospital de um dia para o outro e não conseguem atendimento por falta de material”, mencionou. O sindicalisat conclui que o HU continua vinculado à universidade como hospital-escola, porém foi contratualizado por uma empresa, no entanto esta empresa foi criada apenas para administrar, o dinheiro continua vindo da mesma fonte, isto é, o governo segue fazendo todo o financiamento, esse recurso continua insuficiente para a demanda.