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Monitor de secas aponta que não há mudanças em Alagoas

Trabalho auxilia a Defesa Civil; Estado tem 38 municípios em situação de emergência

Por Texto: Lucas França com Tribuna Independente 23/03/2018 15h49
Monitor de secas aponta que não há mudanças em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
O monitor de secas para acompanhar o ciclo de estiagem e melhorar a política e a gestão dos problemas decorrentes da escassez de chuva no Estado mostra que não houve mudanças no comportamento das secas em Alagoas. A Defesa Civil Estadual se beneficia do monitoramento para obter informações sobre o grau da seca e localidades mais afetadas. “Utilizamos e acompanhamos em parceria com o Governo Federal. O sistema é um instrumento de monitoramento e não de prognóstico. É possível saber quais regiões estão sendo mais afetadas e conseguir traçar uma tendência de evolução da seca. E fazer a decretação de Emergência do Ministério da Integração”, explica o major Moisés Melo, coordenador da Defesa Civil Estadual, relembrando que o estado ainda tem 38 cidades dentro do decreto de emergência por conta da seca. SEM MUDANÇAS Em Alagoas, não houve mudanças no comportamento das secas, permanecendo uma pequena área em seca fraca (S0), moderada (S1) e grave (S2), devido à pequena quantidade de chuvas (< 50mm) registradas no Centro Sul do estado e as altas temperaturas registradas nos últimos meses. As demais áreas do estado permaneceram com ausência de seca relativa. Em relação aos impactos nas áreas de seca, esses são de longo prazo (L) para áreas de S0 e as demais de curto e longo prazo (CL). O objetivo do Monitor é integrar o conhecimento técnico e científico já existente em diferentes instituições estaduais e federais e estabelecer diferentes graus de severidades da estiagem no estado, permitindo acompanhar a evolução temporal e espacial. As informações são atualizadas mensalmente. O modelo foi baseado no Monitor de Secas dos Estados Unidos, desenvolvido pelo Centro Nacional de Mitigação de Secas dos EUA (NDMC). Desde janeiro de 2017, o equipamento passou a ser coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e um dos objetivos da agência é expandir esse monitoramento para todo o país em cinco anos. A superintendente adjunta de Operações e Eventos Críticos da ANA, Ana Paula Fioreze, explica que o modelo de acompanhamento facilita a tradução das informações em ferramentas e produtos para serem utilizados por instituições tomadoras de decisão e indivíduos, de modo a fortalecer os mecanismos de monitoramento, previsão e alerta precoce. “Além disso, é uma maneira de consolidar em um mesmo lugar e com uma mesma linguagem as diferentes informações sobre seca na região, que sempre tiveram espalhadas em órgãos diferentes, usando indicadores diversos. Não havia muita possibilidade de integração das informações e compartilhamento dos dados antes do monitoramento”, ressalta. CASAL De acordo com Companhia de Abastecimento de Alagoas (Casal), nenhuma cidade alagoana que a companhia atende está com abastecimento prejudicado por causa da estiagem. “Abastecimento normal. Nenhuma tem rodízio devido à falta de água no manancial. Porém, algumas sofrem com desabastecimento devido a problemas estruturais, como subdimensionamento de redes, faltas de energia elétrica, perda de pressão por conta do furto de água nas adutoras, etc. Mas, por falta de água no manancial, não tem nenhuma situação de rodízio”.