Cidades

José e Maria são nomes mais comuns em 2017

Juntos, os dois somam mais de dois mil registros em Alagoas este ano, mas há quem prefira alternativas à “tendência”

Por EVellyn Pimentel com Tribuna Independente 27/12/2017 08h10
José e Maria são nomes mais comuns em 2017
Reprodução - Foto: Assessoria
Em 2017, Alagoas ganhou 1.353 Josés e outras 761 Marias, segundo levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-BR). Os nomes são tendência sejam simples ou compostos. Além dos mais de mil Josés alagoanos, o time dos meninos tem ainda Antônio (354), João Miguel (332), João (330), Cícero (237), Arthur (230), João Guilherme (202), Miguel (195), Davi (191) e Manoel (183). Já no ranking feminino, os nomes mais comuns foram Maria José (334), Maria Cecília (240), Maria Eduarda (178), Maria Clara (177), Maria Luiza (175), Josefa (161), Maria Vitória (155), Maria Julia (153) e Ana (146). Em nível nacional, Miguel (25.710) e Alice (18.508 registros) foram os ‘queridinhos’ entre os pais na escolha. Além é claro, dos nomes considerados ‘da moda’ como Valentina (13.193) e Enzo (8.196), por exemplo. Mas há quem fuja do modismo e escolha o nome por preferências pessoais. Este foi o caso da enfermeira Sônia Andrade e do bancário Diego Mota, que planejavam a gravidez de Marina, há alguns anos. Após a confirmação do sexo, eles ficaram divididos entre Luiza e Marina, mas o último venceu com folga. “Não gosto de nomes compostos e queria um nome simples, mas que fosse forte. Até 13 semanas não sabíamos o sexo do bebê. Só depois que descobrimos é que começamos a pensar no nome e escolhemos Marina”, diz a mãe. Os pais da pequena de apenas 1 mês e 7 dias afirmam que durante a escolha não priorizaram a possibilidade de o nome ser muito ou pouco comum. “Na verdade isso não passou pela nossa cabeça. A gente não queria um nome muito diferente. E acabamos escolhendo por uma preferência mesmo. Apesar de planejar a gravidez, o nome foi uma das últimas escolhas”, pontua.   Lista fez mãe de primeira viagem desistir das opções   Para a jornalista Renata Arruda, de 32 anos, a divulgação da lista dos nomes mais usados deu a certeza de qual ela não iria colocar na filha. Renata está grávida de 14 semanas. “É uma menina e eu estava na dúvida entre os nomes Alice e Maria, mas aí como Maria foi o nome mais colocado em Alagoas e Alice o mais colocado no Brasil, aí eu também desisti”, revela aos risos.   [caption id="attachment_26998" align="aligncenter" width="600"] Para Renata Arruda, grávida há 14 semanas, e o esposo Pedro Baltar, a divulgação da lista deu a certeza de qual nome não colocar na filha que esperam (Foto: Acervo pessoal)[/caption]   A mãe de primeira viagem conta que a gravidez não foi planejada. Ela e o esposo, Pedro Baltar, de 32 anos, vão atrás agora de um nome menos comum. O que, segundo ela, será feito com calma, apesar da ‘pressão’ da família. “A certeza que tenho é que não vai ser nenhum desses da lista. Eu quero uma coisa mais diferente, menos comum. Vou escolher com calma. A pressão da família é grande para decidir logo. Ocorre de tudo, gente que quer fazer homenagem a parente, de tudo... E eu estou fugindo disso. Acho que vou até demorar a divulgar o nome”, garante. O veterinário Ivan Marques, de 39 anos, e a esposa Erivelta da Silva, de 40 anos, são pais da pequena Kauanny Noemi, de 4 meses. O nome foi uma decisão do casal que tinha o desejo de romper com o tradicional. Eles são também pais de Isadora, de 6 anos “Fizemos uma lista com nomes e escolhemos. A maioria dos nomes eram mais diferentes. Acho que o nome mais comum que tinha era Raquel. Íamos colocar o nome das duas iniciando com I, por causa do meu nome, mas como eu escolhi o nome da primeira, minha esposa decidiu o da mais nova”, conta o pai.