Os feirantes que comercializam seus produtos no entorno do palácio do Trabalhador, que fica localizado na Avenida Moreira Lima, no Centro de Maceió, se reuniram com representantes da Prefeitura de Maceió na manhã desta quinta-feira (24), para discutir sobre o futuro da região.

“Nós temos um olhar especial para a região do centro, do Parque Rio Branco e do Mercado da Produção. É uma região antiga onde acontece muito trabalho e está com problemas como o difícil acesso, falta de segurança e iluminação precária. Ao longo do tempo foi esquecida pelo poder público mas agora a Prefeitura está com oito ações que devem começar a ser implantadas a partir da semana que vem”, afirmou o coronel Ivon Berto, titular da Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública (SEMSOP).

O secretário explicou que as ações devem acontecer aos poucos.

“A orientação da Prefeitura é que a revitalização da região seja realizada aos poucos, com todo cuidado, já que isso vai alterar o dia a dia das pessoas que moram e trabalham por aqui. Tudo será feito em comum acordo com os feirantes, que devem ser realocados para uma praça próxima o Palácio, que será limpa e revitalizada”, afirmou.

Coronel Ivon destacou ainda que todo trabalho será decidido em comum acordo com os feirantes.

“Queremos que todos trabalhem uniformizados, com barracas padronizadas. Vamos começar cadastrando todos. O que os feirantes precisam saber é que não precisam temer mudanças, principalmente se elas são para a melhoria de vida”, defendeu o secretário.

O secretário estima que em três meses a Avenida Moreira Lima deve estar transitável para automóveis depois que os feirantes forem realocados.

Sindicato

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes de Maceió, Antônio Pedro, disse que a categoria entende que, por estar próximo á linha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a região deve passar por revitalização.

“Essa revitalização começou em 2016 quando asfaltaram a pista da Santa Casa até a frente do Mercado. A nossa preocupação é com a transferência dos feirantes para um local adequado. É preciso se preocupar com a infraestrutura da região, mas também com as questões sociais. É com essa atividade que os feirantes tiram o sustento das suas famílias”, defendeu.

Antônio Pedro afirmou que os feirantes só não irão aceitar as mudanças, caso fiquem sem ter onde trabalhar.

“Os feirantes deem ser notificados e receber um prazo para deixar a rua. Mas é preciso que a Prefeitura defina um local adequado e organizado para que eles possam continuar trabalhando”, afirmou.

O Palácio do Trabalhador

O Palácio do Trabalhador começou a ser construído em dezembro de 1947 e fazia parte da política trabalhista da era Getúlio Vargas. Foi inaugurado em julho de 1950, pelo então governador Silvestre Péricles e pelo prefeito da cidade, João Teixeira de Vasconcelos.

O prédio pertence à Fundação Palácio do Trabalhador Alagoano. Em 28 de dezembro de 1998, o decreto número 37.934 promoveu o tombamento histórico, para permitir que a fundação, através de gestões políticas, conseguisse patrocinadores públicos e privados, dispostos a investirem na manutenção e a preservação do prédio. O local foi construído para funcionar como sede de sindicatos com poucos recursos financeiros e oferecer aos trabalhadores sindicalizados serviços médicos especializados, clínica geral e serviços odontológicos mantidos com as contribuições sindicais.