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De um encontro casual ao namoro: o amor pode estar em um app de relacionamentos liberais

No Dia dos Namorados, conheça a história de Mariana, que mergulhou no universo liberal à procura de sexo sem compromisso e se surpreendeu com o amor

Por Assessoria 04/06/2025 10h25
De um encontro casual ao namoro: o amor pode estar em um app de relacionamentos liberais
Dia dos Namorados - Foto: Divulgação

No Dia dos Namorados, é comum ouvirmos histórias de flores, chocolates e encontros românticos à moda antiga. Mas, cada vez mais, o amor moderno tem nascido em lugares inesperados e se transformado em algo genuíno, profundo e fora do convencional. É o caso de Mariana*, de 30 anos, que conheceu o atual namorado em um aplicativo focado em relações liberais, onde liberdade, desejo e conexão caminham juntos, o Ysos.

O primeiro passo no Ysos, no entanto, não teve nada a ver com o amor. “Entrei por causa de uma pesquisa da faculdade. Faço design e estava estudando UX em apps de relacionamento. Foi por curiosidade acadêmica, mas acabei ficando”, conta. Na época, Mariana ainda vivia um relacionamento monogâmico, mas a experiência de navegar por um universo mais aberto, onde desejos não são julgados, plantou uma semente. “Quando me divorciei, resolvi mergulhar. Queria entender se curtia esse universo e não me arrependi nem por um segundo”.

Mariana já era veterana na plataforma quando conheceu seu atual parceiro que era iniciante no meio. A combinação, segundo ela, foi leve, respeitosa, e logo a conversa fugiu do clichê. “Falamos sobre fotos provocantes, literatura, desejos… Fiquei surpresa com o quanto a conversa foi fluida. Mostrou que um app liberal como o Ysos não é só sobre sexo, mas também sobre afinidade”, conta.

O primeiro encontro aconteceu menos de uma semana depois: lanche, papo bom e química imediata. Sem grandes expectativas, Mariana se viu encantada. “A ideia de namorar com alguém do Ysos nem passava pela minha cabeça. Já tinha feito boas amizades e ‘ficantes fixos’, mas algo mais sério? Nem cogitava”.

Mas o sentimento ganhou forma. “No segundo ou terceiro encontro ele disse que queria algo mais sério. Eu relutei. Mas veio o carnaval, passamos juntos, e as coisas simplesmente fluíram.” O momento definitivo? “Quando minha tia perguntou quem era o cara na minha casa e eu disse 'meu namorado'. Depois disso, pedi que ele fizesse o pedido oficialmente”.

Hoje, seis meses depois, os dois mantêm seus perfis no app abertos, mas seguem juntos, aprendendo e ajustando os limites da relação. Mariana, com mais tempo no meio liberal, introduziu o parceiro a algumas práticas, como o BDSM. “Temos muita conversa. Nada é tabu entre a gente. Isso é o que torna tudo leve”.

Quando questionada sobre o que diria para quem tem preconceito com apps como o Ysos, Mariana é direta: “Ali é um lugar seguro, ninguém está lá para julgar seus desejos. Já fiz amizades incríveis, até tive quem me ajudou na mudança de casa. Às vezes é só uma experiência, às vezes é para a vida. Como em qualquer outro lugar”.

Ela também conta suas expectativas sobre o Dia dos Namorados: “Já antecipamos os presentes, porque somos péssimos com surpresas”, ri. Mas o presente mais inesperado, ela já recebeu: “Uma conexão que respeita os meus desejos, que não julga, e que flui no tempo certo”.

Swing é a nova paixão nacional?


Apesar de ter entrado no Ysos sem pretensão, Mariana descobriu muito mais do que um relacionamento — ela mergulhou em um universo de possibilidades e autoconhecimento. E essa jornada não é só dela. O swing, prática consensual que envolve a troca de casais em busca de novas experiências sexuais, está deixando de ser tabu no Brasil e se tornando, aos poucos, parte da rotina sexual de muitos.

Para entender melhor essa revolução comportamental, o aplicativo Ysos, especializado em conectar pessoas interessadas no meio liberal, realizou um levantamento com seus mais de 2 milhões de usuários. O resultado? Um mapa inédito da prática em todo o país, revelando os três municípios com maior concentração de “swingueiros” em cada estado.

Segundo Gustavo Ferreira, head de marketing do app, os dados surpreendem. “O swing já não é exclusividade de grandes centros urbanos. Em todos os estados brasileiros, há cidades liderando a adesão ao movimento. No Acre, por exemplo, as cidades de Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Acrelândia concentram os maiores números de adeptos. Já no Rio de Janeiro, o trio de destaque é formado pela capital, Niterói e Nova Iguaçu”, comenta.

Mapeando os encontros casuais no Brasil


Dados da plataforma revelam um País diverso e cada vez mais aberto a novas possibilidades. O levantamento apontou que 45% dos adeptos destes encontros são casais, 38% são homens, 14% são mulheres e 3% se identificam com outras expressões de gênero, como travestis e crossdressers. Já os mais procurados são casais do tipo "ele/ela" lideram (45,03%), seguidos por mulheres (27,61%), homens (23,54%), casais “ela/ela” (10,37%) e mulheres trans (10,33%).

A faixa etária predominante também mostra como esses encontros estão sendo redescobertos por diferentes gerações: a maioria dos usuários (37,40%) têm entre 25 e 34 anos, seguida por pessoas entre 35 e 44 anos (28,63%). Mas também há jovens de 18 a 24 (10,54%) e um público maduro e ativo acima dos 55 (7,50%).

Um retrato da liberdade


Para Gustavo, head de marketing do app, o Ysos tem desempenhado um papel essencial nessa transformação. “Nosso papel é conectar pessoas e promover conversas abertas sobre desejo e estilo de vida. O que o levantamento mostra é que estamos acompanhando uma mudança profunda na forma como o brasileiro vive e experimenta a sexualidade, cada vez com mais liberdade e menos julgamento.”

Sobre o Ysos


O Ysos é um aplicativo para solteiros e casais que buscam encontros casuais. Lançado em 2018 pelo Sexlog, maior rede social adulta do País, a plataforma está disponível para Android e iOS e pode ser baixada na Play Store e na App Store.