Brasil

Em live, Bolsonaro minimiza polêmicas após declarações sobre Forças Armadas

Outros temas como cartão corporativo, reforma da previdência e BNDS também foram tratados

Por Jornal do Brasil 07/03/2019 20h07
Em live, Bolsonaro minimiza polêmicas após declarações sobre Forças Armadas
Reprodução - Foto: Assessoria
Durante live nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro minimizou as polêmicas de sua fala durante a solenidade militar no Rio de Janeiro, quando disse que democracia e liberdade só existem quando as Forças Armadas querem. "Essa fala já começou a levar para todos os lados das mais possíveis interpretações", disse ele, nesta quinta-feira (7). Questionado, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, afirmou que não há nada de polêmica na declaração de Bolsonaro sobre as Forças Armadas e ainda disse que tentaram distorcer a fala do presidente "como se fosse um presente dos militares para os civis". O presidente destacou que Nicolás Maduro está quase deposto, mas que o que o apoio dos militares o sustenta a frente da Venezuela. Respeito com os militares Bolsonaro disse que no seu governo os militares serão tratados com respeito, diferente dos últimos 20 anos. "As Forças Armadas são detentoras do emprego legal da violência. Pode chocar, mas é o que está na lei", disse Augusto Heleno ainda justificando a fala do presidente sobre as Forças Armadas. Previdência O presidente reforçou a necessidade de realização da reforma da Previdência. Bolsonaro ainda citou o caso da Grécia que entrou em recessão em 2009, quando gastava cerca de 14% do Produto Interno Bruto com a Previdência, valor similar aos 13% que o Brasil gasta atualmente. "Queremos aprovar essa reforma, mas depende do parlamento. A gente espera que o parlamento aprova essa medida". No vídeo institucional apresentado nas redes sociais, ele explica que a nova previdência: "Será justa para todos, sem privilégios, ricos e pobres, servidores públicos, políticos ou trabalhadores privados. Todos seguirão as mesmas regras, de idade e tempo de contribuição". Ele também ressaltou que também haverá reforma do sistema de proteção social dos militares. "Respeitaremos as diferenças, mas não excluiremos ninguém e com justiça", disse e completou: "Quem ganha mais contribuíra com mais, quem ganha menos contribuirá com menos ainda", completou. Ele lembrou que, hoje, os homens mais pobres já se aposentam aos 65 anos e as mulheres aos 60 anos; enquanto isso os mais ricos se aposentam sem idade minima. "Isso vai mudar. A nova previdência fará a equiparação. As pessoas de todas as classes vão se aposentar com a mesma idade, mas isso não ocorrerá do dia para a noite, estão previstas regras de transição". Cartão Corporativo Heleno rebateu as críticas e informações veiculadas pela imprensa brasileira de que o governo Bolsonaro elevou em 16% os gastos da Presidência com o cartão corporativo. O ministro explicou que o cartão foi utilizado para a realização da posse do presidente. Transparência no BNDES Bolsonaro também afirmou que vai chamar o presidente do BNDES Joaquim Levy em Brasília para resolver as questões de transparência da instituição. "No BNDES, o que nós queremos? É transparência. Vou me preparar, chamar o Levy e vou falar o que queremos no tocante à transparência. O que está lá não nos atende", disse. Ele afirmou que pessoas como ele que não entendem de economia não conseguem entender as informações disponibilizadas pelo banco estatal. "Queremos facilidade". O presidente afirmou ainda que terá uma aula com pessoas e técnicos ligados ao TCU para entender o mecanismo do BNDES. Conversa com o presidente nas quintas A partir de hoje (7), durante todas as quintas-feiras, o presidente Jair Bolsonaro vai usar as redes sociais para falar diretamente com o cidadão brasileiro, por meio de seu perfil oficial no facebook: Jair Messias Bolsonaro @jairmessias.bolsonaro