Brasil

"Menino do Acre" volta para casa após quase cinco meses desaparecido

Estudante chegou sozinho em casa, relatou família

Por R7 11/08/2017 17h24
'Menino do Acre' volta para casa após quase cinco meses desaparecido
Reprodução - Foto: Assessoria

O estudante de psicologia Bruno Borges, que desapareceu no Acre em março de 2017, voltou para casa. A informação foi divulgada pela família do jovem de 25 anos.

A irmã de Bruno, Denise Borges, não deu detalhes sobre o caso e se limitou a dizer que ele voltou para casa sozinho, mas eles não vão se pronunciar por enquanto.

A família contou ainda que o jovem não vai ficar em casa pois o local tem atraído uma série de curiosos. Não se sabe ainda as condições de saúde do estudante.

A mãe de Bruno Borges, a empresária Denise Borges, viajou para o Santuário de Aparecida,no interior de São Paulo. "Ontem, eu fiquei o dia inteiro de joelho no chão pedindo pelo retorno dele e ele voltou", disse a mãe, visivelmente emocionada.

"Eu não tenho muitos detalhes só sei o que me disseram: que ele está muito magro e que estava em retiro", disse, tentando sufocar o choro. Denise disse que Bruno se nega a dizer onde estava localizado o "retiro". Denise tenta embarcar em um avião para retornar ao Acre, mas só deve conseguir isso no sábado (12).

Bruno Borges desapareceu em 27 de março. Ele morava com os pais e a irmã em Rio Branco. Após o sumiço, familiares do rapaz encontraram as paredes do quarto todas pintadas e com escrituras, além de 14 livros escritos à mão e criptografados e uma estátua em tamanho real do filósofo Giordano Bruno avaliada em R$ 7 mil.

O fato despertou grande curiosidade no País, além de ter provocado uma série de teorias sobre o sumiço nas redes sociais.

No quarto de Bruno também havia pistas para decifrar os códigos dos livros. Uma das inspirações era o Manual do Escoteiro Mirim, da Disney. Um dos textos chamava Caminho Difícil.

Cerca de dois meses depois do desaparecimento, a Polícia Civil do Acre disse ter encontrado "fortes indícios" de que o episódio era, na verdade, uma forma de divulgar os livros escritos por ele. Na ocasião, o delegado Alcino Júnior, chefe do Departamento de Inteligência, disse que "havia uma combinação para a publicação das obras". O amigo do estudante chegou a ser detido por falso testemunho.